Semiárido responde por 5,1% do PIB do país, mostra análise do IBGE
Esta é a primeira vez que o IBGE agrega análise geográfica ao PIB dos Municípios
Entre 2002 e 2016, a participação conjunta dos municípios do Semiárido no PIB nacional passou de 4,5% para 5,1%, e a dos municípios que formam a Amazônia Legal foi de 6,9% para 8,6%. Esta é a primeira vez que o IBGE agrega análise geográfica ao PIB dos Municípios, permitindo a análise de diferentes recortes e de suas interações econômicas. Os diversos mapas desse estudo estão disponíveis na Plataforma Geográfica Interativa de IBGE.
Em 2016, entre os 5.570 municípios do país, os 1.456 que eram predominantemente urbanos responderam por 87,5% do PIB brasileiro. No Sudeste, os 625 municípios com essa característica responderam por metade do PIB nacional.
Seis municípios concentravam cerca de 25% do PIB do país: São Paulo (SP), com 11,0%, Rio de Janeiro (RJ), com 5,3%, Brasília (DF), com 3,8%, Belo Horizonte (MG), com 1,4%, Curitiba (PR), com 1,3% e Osasco (SP), com 1,2%.
Osasco, único município que não é capital entre os seis com maiores participações no PIB brasileiro, foi da 16ª para a sexta posição entre 2002 e 2016, principalmente devido às atividades de comércio, serviços de informação e atividades financeiras.
Os 1.318 municípios com os menores PIBs responderam por cerca de 1,0% do PIB e por 3,1% da população brasileira. Já os cem maiores PIBs municipais representavam 56,0% do PIB ante uma participação de 60,0% em 2002. Apenas as capitais de três estados da Região Norte não pertenciam a este grupo: Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Palmas (TO).
Os maiores ganhos de participação no PIB entre 2015 e 2016 foram de Gentio do Ouro e Tabocas do Brejo Velho, ambos na Bahia. O primeiro estava construindo um complexo eólico e o segundo, instalações de geração solar.
A administração pública era a principal atividade econômica em 3.062 municípios, ou 55,0% do total, em 2016.
Cinco dos dez maiores PIBs per capita em 2016 eram de municípios paulistas.