A Polícia Civil vai investigar se há indício de crime no caso da atendente Renata Avelino Bretas, de 35 anos, que morreu após passar por dois procedimentos estéticos em uma clínica na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A informação foi confirmada nesta terça-feira (23), e o sepultamento, marcado para às 10h em Itabirito, na região Central do Estado, foi cancelado para que o corpo fosse submetido a exames periciais.

No começo da manhã, a corporação havia afirmado que, para que fosse realizado algum procedimento investigatório, familiares deveriam procurar a polícia para o registro do caso. No entanto, o delegado Marcus Vinícius Soares, de Itabirito, solicitou os exames e diligências preliminares para oitivas dos familiares. Ainda não há data para que os parentes sejam ouvidos.

O resultado do laudo pericial deve sair em 30 dias. Ainda não há novo horário definido para o enterro da atendente de banco. 

Na última quarta-feira (17), Renata deu entrada na Clínica Forma, no bairro Santo Agostinho, para colocar prótese de silicone e fazer uma lipoaspiração na região das axilas. Segundo familiares, após voltar da anestesia, a paciente começou a passar mal, mas recebeu alta médica.

Dois dias depois, ela retornou à clínica afirmando que não havia melhorado. "Os médicos não transfeririam ela para nenhum hospital, não fizeram exames", disse a cunhada dela, Adriana Ribeiro, de 43 anos.

Renata precisou ser encaminhada ao Hospital São Vicente de Paula, em Itabirito, onde, ainda segundo familiares, teve cinco paradas cardíacas. O causa da morte seria embolia pulmonar. 

A Clínica Forma foi procurada pela reportagem de O TEMPO durante toda a manhã, mas, por meio de secretárias, os representantes informaram que não falariam pois "já tinham se manifestado". Renata morava com os pais e o filho de apenas 6 anos. 

Clínica e médico são regulares, diz conselho

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) informou que tomou conhecimento da morte de Renata Bretas por meio da imprensa e que vai iniciar os procedimentos regulamentares necessários para apuração dos fatos.

Ainda no comunicado, o conselho informou que o médico que realizou os procedimentos e a clínica têm situação regular no órgão. O CRM-MG informou ainda que todas as denúncias recebidas são apuradas de acordo com os trâmites estabelecidos no Código de Processo Ético Profissional (CPEP), e os procedimentos correm sob sigilo.