Leishmaniose: entenda do que se trata, formas de prevenção e tratamento da doença
Com perigo de contágio para seres humanos, cerca de dois mil cães são diagnosticados com a doença por ano em Governador Valadares
Muito se ouve falar e há vários mitos e dúvidas que rondam a leishmaniose. O que causa, qual a melhor forma de prevenir, se há tratamento ou a necessidade da eutanásia do animal diagnosticado com a doença. O É o Bicho esclarece alguns pontos para
O que é a leishmaniose?
A leishmaniose é uma doença grave causada por um protozoário, que acomete não somente os cães, mas também os seres humanos, e muitas vezes pode ser fatal. A doença pode atingir a pele, células sanguíneas e órgãos internos como fígado, baço e rins. A doença é transmitida pelo mosquito flebotomíneo, conhecido popularmente como "mosquito palha". Este mosquito se infecta ao picar um animal ou ser humano já doente, e ao picar outro ser sadio transmite a doença.
“O mosquito palha, diferente do mosquito da dengue, gosta de locais com acúmulo de matéria orgânica, como quintais com restos de folhas e frutos, fezes de animais, e até mesmo galinheiros. O ideal é manter o ambiente sempre limpo para afastar este mosquito”, explicou a veterinária Mireille Sabbagh.
Prevenção
Manter os cuidados com a higiene do ambiente para afastar o mosquito é fundamental. O Centro de Zoonoses de Governador Valadares estima que cerca de 2 mil cães são diagnosticados por ano com a doença na cidade. Além de evitar deixar que a casa seja convidativa para a proliferação do mosquito, coleiras e vacinas são outras ferramentas na prevenção da doença.
De acordo com a veterinária, cada método tem uma peculiaridade. “Existem coleiras repelentes do mosquito que podem ser colocadas nos cães, e ajudam a proteger toda a casa. Estas coleiras não só repelem, como também matam o mosquito transmissor, ajudando a manter o ambiente livre de vetores. A coleira deve ser renovada a cada quatro meses. A vacina, após dadas as três doses iniciais, com intervalo de 21 dias entre elas, precisará também de um reforço anual”, explica Mireille Sabbagh.
Devida a gravidade da doença, segundo a veterinária, o ideal é um combo: vacinação e coleira. “A vacinação contra leishmaniose fornece uma boa proteção, mas deixa uma margem para que o animal possa acabar adoecendo se picado. A coleira por outro lado, funciona muito bem repelindo, mas também não é 100%. Como estamos residindo em área endêmica com muitos casos da doença, e por se tratar de doença grave e sem cura total no cão, o ideal é utilizar as duas formas de proteção para que você tenha garantia de que o seu animal está seguro”.
que não reste dúvida para você cuidar cada vez melhor do seu pet.
Coleira anti-leishmanione, além de prevenir da doença, elimina o mosquito vetor
Tratamento é possível e legal