O PT preparou uma série de eventos em Minas Gerais na última semana de campanha eleitoral para garantir um bom desempenho do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) no estado que tem sido decisivo para o resultado nacional. Nas palavras dos coordenadores, que se reuniram na manhã desta sexta-feira (28) em Belo Horizonte, o partido pretende ocupar todo o território do estado até o domingo do pleito.

O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, que coordena a campanha de Haddad nacionalmente, e o ex-ministro Ricardo Berzoini, que cuida das finanças, estiveram hoje em Belo Horizonte para tratar dos detalhes finais da campanha, em encontro com o responsável pela mobilização em Minas, deputado federal Reginaldo Lopes.

Haddad deve vir a Minas pelo menos mais uma vez, mas, mesmo sem ele, a campanha organiza a passagem de uma caravana, nomeada de Lula Livre, Haddad presidente e Pimentel governador, por 120 microrregionais mineiras – cada uma indo a pelo menos três cidades – e nove carreatas em Belo Horizonte. “No domingo vamos conseguir ocupar toda Minas Gerais”, afirmou Lopes.

A campanha vai priorizar o Sudente. Além de Minas, o candidato estará em São Paulo e Rio de Janeiro em busca de votos.

O coordenador executivo Sérgio Gabrielli lembrou que o estado pode ser decisivo para o resultado e que o desempenho em Minas costuma retratar o do Brasil. “Estamos muito entusiasmados na reta final e aqui junto com Pimentel e Dilma para, em Minas, com essas caminhadas e carreatas ter um final de campanha forte, mobilizado, para que o povo fale claramente na possibilidade de voltar a ser feliz de novo”, disse.

 

Sem ataques

Gabrielli afirmou que a campanha manterá até o fim do primeiro turno a linha propositiva das propagandas eleitorais e discurso do candidato. Haddad não tem feito ataques ao primeiro colocado nas pesquisas, Jair Bolsonaro(PSL), que é alvo de outras campanhas, como a do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). “Temos um projeto, o país já experimentou o que significa botar o povo no centro da política econômica. Nós tivemos propostas e estamos apresentando para o futuro um aprofundamento dessas políticas já feitas e a retomada da esperança e da oportunidade”, disse.

Já para o segundo turno, o coordenador de Haddad disse que o PT vai focar na diferença de projetos para o país, o que inclui mostrar que a avaliação é que as propostas de Bolsonaro seriam uma “barbárie” para o povo brasileiro. O ex-presidente da Petrobras disse que, quem conhece as ideias do adversário do PT as rejeita. 

“Vamos discutir como as propostas do adversário rebatem na vida das pessoas. O que está sendo proposto por ele são propostas de barbárie, de destruição da sociedade brasileira, de aumento do antagonismo e da desigualdade no nosso país e de penalização do povo pobre”, disse Gabrielli.

O ex-presidente do PT, Ricardo Berzoini, criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, de cancelar cerca de 3 milhões de títulos de eleitores às vésperas da eleição. Segundo o petista, o STF adota "mais uma vez postura conflitante com a Constituição".