O delegado de Polícia Civil, Marcos de Alencar, deu detalhes sobre as investigações durante coletiva nesta quinta. Nóe Rosa foi morto dentro de casa e foi encontrado sem a cabeça, sem um dos braços e, aparentemente, sem o coração, de acordo com as primeiras informações da Polícia MIlitar. A cabeça da vítima foi encontrada em um outro local, após indicação dos adolescentes.

“Eles negam a autoria, mas entram em contradição ao dizerem que tinham conhecimento do óbito, da execução e da desova da cabeça da vítima. Um dos adolescentes disse que sabia onde estava a cabeça, porque foi convidado para participar da execução e da desova da cabeça, mas se recusou”, explicou o delegado Alencar.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, os suspeitos dizem que outros adolescentes são os responsáveis pelo crime. “Eles dizem que [o crime] foi cometido por outros adolescentes, no plural. Mas há um código de conduta no crime em que eles não entregam os outros”, disse Alencar.

O delegado não descarta a participação de maiores de idade no crime, e pediu uma coleta de material biológico, para saber em que condição estava a vítima quando foi atacada. “Esse exame vai servir como causa de aumento de pena, para que a medida sócioeducativa possa ser exasperada. Queremos saber se a vítima estava embriagada durante o óbito. Se for o caso, ela teve a defesa impedida, isso é causa que incide em nova qualificadora do ato infracional”, explicou.

Os adolescentes estão internados no Centro de Internação de Governador Valadares, e assim permanecerão provisoriamente por 45 dias, enquanto a Polícia Cívil dá seguimento às investigações. Caso confirmada a responsabilidade dos adolescentes, eles serão indiciados por ato infracional a homicídio qualificado e ato infracional análogo a ocultação de cadáver.