Com o objetivo de intensificar o combate à violência doméstica contra a mulher, foi estabelecido um diálogo entre várias instituições, como Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Poder Judiciário, Defensoria Pública, municípios de Guanhães, Senhora do Porto e Dores de Guanhães, polícias Civil e Militar e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Essa junção resultou na criação da Rede de Proteção à Mulher, na Comarca de Guanhães.

De acordo com o promotor de Justiça, Luciano Sotero Santiago, foi firmado um protocolo para atendimento às vítimas de violência doméstica. “O objetivo é alcançar maior articulação e coordenação entre os diversos órgãos que atuam nesses casos, de forma que haja apoio recíproco e troca efetiva de informações, visando prestar atendimento integral à vítima de violência, agressor e demais integrantes do núcleo familiar”.

Ainda segundo o representante do Ministério Público, existe um problema cultural relacionado a gênero e machismo, que muitas vezes é agravado pelo álcool. “Grande parte das agressões é questão de genêro. O homem acha que a mulher tem que servir, ou tem sentimento de posse. O alcoolismo também é fator fundamental para o aumento dos casos de violência contra a mulher”.

O promotor Luciano Santiago aponta questões culturais e alcoolismo como principais fatores de violência doméstica em Guanhães  â?? Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

O promotor Luciano Santiago aponta questões culturais e alcoolismo como principais fatores de violência doméstica em Guanhães

Consciente dos motivos que levam aos casos de agressão, a rede quer atuar conhecendo de perto não só as vítimas, mas também os homens que praticam essa violência. “Por isso é importante o acompanhamento do agressor. Saber se é um caso ocasional, ou um hábito. Para que a rede faça esse controle, e que essas situações sejam encaminhadas para os órgãos competentes de assistência social. Queremos maior agilidade na prevenção e na busca da solução da violência doméstica”, ressaltou Santiago.