O Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, prorrogou para até esta quinta-feira (9) a continuidade dos atendimentos eletivos de cirurgias, internações, consultas e exames realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade de saúde cobra do Governo do Estado pagamento de dívida de R$ 32 milhões e por isso chegou a paralisar os serviços por dois dias, retomando os atendimentos após a solicitação de representantes de municípios do Vale do Aço, que buscam alternativas de negociar a regularização do pagamento da dívida; a unidade ameaçava o retorno da paralisação a partir desta quarta-feira (8).

De acordo com a Fundação São Francisco Xavier (FSFX), responsável pela administração do hospital, a assembleia extraordinária marcada para noite dessa terça-feira (7), que deveria decidir o futuro dos atendimentos, foi adiada para a noite da quinta-feira, quando será feita a deliberação da situação da unidade.

 

Busca por repasses
Segundo a Prefeitura de Ipatinga, nessa segunda-feira (6), representantes do hospital e do município realizaram uma reunião em Belo Horizonte com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimental (PT), para tratar sobre o repasse das verbas atrasadas. Ainda segundo a prefeitura, o governador prometeu o repasse para o município das verbas nas áreas da saúde e educação.

De acordo com a prefeitura, na semana passada foi feito o pagamento de R$ 1,5 milhão para a cidade, e durante a reunião foi estabelecido o pagamento de mais R$ 1,5 milhão para esta semana, que deverão ser repassados para o hospital. O pagamento da dívida restante, que ficaria em torno de R$ 29 milhões, também foi estudado, porém a FSFX não confirmou se recebeu os valores e se houve acordo.

 

Entenda o caso
No dia 31 de julho o corpo clínico do Márcio Cunha paralisou os atendimentos eletivos pelo SUS. De acordo com a FSFX a paralisação foi motivada por dívidas do Governo de Minas Gerais com pagamento de recursos, acumuladas ao longo dos últimos três anos; o valor da dívida, segundo a Fundação, era de R$ 32 milhões.