Polícia Federal diz que Pimentel pagou obras em restaurante da moda com caixa 2
Conclusão de inquérito aponta que petista lavou dinheiro no caso
A Polícia Federal finalizou mais um inquérito da Operação Acrônimo que investigava o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e concluiu que o petista usou recursos de caixa dois de sua campanha eleitoral para construção e reforma de uma unidade do restaurante Madero, em Piracicaba (SP), da qual seria sócio oculto.
Interrogada pela PF, uma das donas da hamburgueria admitiu que o nome do governador foi incluído na sociedade, mas, diante do avanço nas investigações contra Pimentel, o contrato não foi registrado na Junta Comercial para não deixar pistas.
Por esses fatos, a PF imputou a Fernando Pimentel e mais dois envolvidos no caso a ocorrência dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O relatório final da PF, obtido com exclusividade pelo GLOBO, foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) há duas semanas e está sob sigilo. No último dia 23, o inquérito foi remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem caberá analisar o material e decidir se oferece formalmente uma nova denúncia contra Pimentel.