Estelionatários são presos enquanto aplicavam provas de um falso concurso público em Valadares
Segundo Polícia Civil, suspeitos cobraram R$ 50 dos candidatos; cerca de 600 pessoas se inscreveram e o prejuízo seria de R$ 30 mil.
Três homens, de 31 e 28 anos, foram presos por estelionato durante a Operação Joio, realizada pela Polícia Civil em Governador Valadares, nesse domingo (26). Segundo as investigações, eles são suspeitos de promoverem um falso concurso público para preencher vagas em uma ‘suposta’ obra de duplicação na BR-116.
“Nós estranhamos porque não havia nenhum concurso publicado. A oferta seria de vários cargos, como soldador, eletricista e mecânico. A empresa ‘fantasma’ chama Rodopol e verificamos que foi criado um site no qual o registro de domínio está em nome de um senhor de Ipatinga que tem problemas mentais. Na Receita Federal não tinha registro e nem o CNPJ dessa empresa”, explicou a delegada Dulcilaine Alcântara, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (26). O morador de Ipatinga não é parente dos envolvidos e a polícia investiga como os homens conseguiram os dados pessoas dele.
Ainda segundo a delegada, as provas seriam aplicadas no Sindicato das Indústrias de Governador Valadares e durante as investigações, o presidente da instituição chegou a procurar a Polícia Civil demostrando preocupação porque desconhecia a realização de um concurso para duplicação da rodovia. A delegada informou que os estelionatários combinaram o pagamento de R$ 400 no aluguel da sala, mas depositaram um envelope vazio na última sexta-feira (23) após o fim do expediente comercial bancário.
“Chegamos lá no domingo e as provas já tinham começado. Eles cobraram R$ 50 dos candidatos para realizarem as provas e muitas pessoas vieram de Ipatinga. Recolhemos os testes e o dinheiro para restituir aos candidatos. O pagamento era feito na hora e se tivessem levado o esquema adiante, poderiam ter provocado um prejuízo de R$ 30 mil, pois cerca de 600 pessoas estavam inscritas”, disse a delegada.
No local, foram apreendidos documentos e celulares. A Polícia Civil investiga se o golpe já foi aplicado em Ipatinga e se houve participação de outras pessoas no esquema.
Um dos suspeitos, de 31 anos, é servidor público e já possuía passagem por contravenção. Os outros dois, de 31 e 28 anos, são irmãos e não tinham passagens pela polícia. Eles foram encaminhados à delegacia de Valadares.
Fonte:
G1
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