Os educadores da rede estadual decidiram pela greve por tempo indeterminado em Minas Gerais. A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada nesta quinta-feira (15). Um novo encontro foi marcado para reavaliar o movimento no próximo dia 22 de março.

 

Os professores estão parados há uma semana e afirmam que, até agora, não tiveram propostas a respeito do pagamento do piso salarial, fim do parcelamento dos salários e do 13º salário.

 

Após o encontro, os manifestantes seguiram em passeata do pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais até a Praça da Liberdade e depois para a Praça da Estação, onde se juntam ao ato em homenagem à memória da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no Rio de Janeiro/RJ.

 

Mais cedo, o grupo também protestou na BR-381, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

 

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que, com relação às reivindicações, o governo está empenhado em cumprir o acordo assinado com a categoria em 2015. A pasta esclarece que os reajustes salariais concedidos por esta gestão representam um aumento de 46,75% na remuneração dos professores e demais carreiras da rede estadual. Em janeiro de 2015, quando o governador Fernando Pimentel assumiu, os professores de educação básica recebiam um salário inicial de R$ 1.455,33. Hoje, a remuneração inicial do professor, para uma carga horária semanal de trabalho de 24 horas, é de R$ 2.135,64.

 

Em relação à correção dos salários, segundo o índice de reajuste do piso nacional, o governo está impedido de enviar o projeto de lei à ALMG em virtude de ter ultrapassado o Limite Prudencial de gasto com pessoal, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.