Pais cobram término de obras de escola no distrito de Cachoeira Escura, em Belo Oriente
Reclamação é de que as obras inacabadas apresentam riscos à segurança das crianças; aulas começaram na segunda (19) e muitos pais não permitiram que as crianças fossem à escola.
Pais de alunos da escola municipal Hilda Morais, do distrito de Cachoeira Escura, em Belo Oriente (MG), realizaram um ato de protesto na tarde desta quarta-feira (21) cobrando o término das obras de construção da instituição de ensino. Os pais alegam que o local apresenta riscos à segurança das crianças; parte dos estudantes estão desde a segunda-feira (19), quando as aulas voltaram, sem frequentar o local.
Um grupo de pais fundou uma associação para encaminhar queixas sobre a construção para a Prefeitura de Belo Oriente. Entre os vários problemas, segundo o grupo, o prédio apresenta fiações expostas, equipamentos de obras soltos pelos corredores, tubo com quinas expostas, falta de extintores de incêndio e a inexistência de telefone fixo. Os pais ainda questionam o forte ruído provocado pelo uso das máquinas que os alunos convivem.
“Segundo eles [Prefeitura e secretária de Educação de Belo Oriente] a escola está 100% em condição de receber os alunos. Formamos um grupo de pais e viemos analisar as condições da escola e nos deparamos com as condições inadequadas. Começamos esse movimento no domingo, desde a cobrança nós já percebemos muitas melhorias, mas a escola permanece sem condições de receber os alunos. Fizemos ofícios e relatamos, mas até então estamos sem resposta”, afirmou Adriano Ramos, da associação de pais.
O prédio em construção substitui duas escolas provisórias que funcionavam na comunidade; uma em um prédio da própria Prefeitura e outra em um local alugado. Inicialmente, segundo os pais, a escola seria entregue antes do início do ano letivo de 2018. Segundo os pais, a nova previsão para o término das obras é para o dia 30 de março. A nova escola possui três pavimentos, mas apenas o primeiro está liberado para as aulas; cerca de 1 mil alunos estudam na unidade.
Mais problemas
Além da demora na entrega da obra, os pais relatam queixas sobre a adequação da escola para estudantes portadores de necessidades especiais. “São muitas crianças especiais que estudam na escola e até a reunião de domingo, ainda não havia sido contratadas monitoras para o AEE [Atendimento Educacional Especializado]. E pelo que podemos perceber, os banheiros não são adaptados. Nós não queremos que fechem a escola. Há mais de 15 anos que está sendo construída, queremos respostas por parte da secretária de Educação e da Prefeitura sobre o que está sendo feito. Queremos buscar uma educação de qualidade para nossos filhos”, afirmou Rosilene Machado.
Desde o início do mês Andréa Balbina, mãe de um aluno, tem ido na escola avaliar as condições de segurança. Ela questiona a falta de limpeza do matagal nas proximidades da escola.
“Eu acho que é expor muitos nossos filhos trazer eles para estudarem aqui. A escola fica em uma área de mata, tem muitos animais peçonhentos, e o lugar mais próximo que a gente tem para atendimento é na UPA de Ipatinga. O hospital daqui está parado e não tem ninguém na escola com preparo para realizar atendimento de primeiros socorros”, relatou.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Belo Oriente que não se manifestou até a publicação desta matéria.
Fonte:
G1
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