Balanço da PC aponta que em 2017 Governador Valadares registrou menor número de homicídios em 12 anos
Foram registrados 97 homicídios consumados, contra 101 no ano anterior; já as tentativas de assassinatos foram de 116, contra 207 em 2016.
Em 2017, Governador Valadares (MG) registrou 97 homicídios consumados. Em comparação com o ano anterior, quando foram 101 assassinatos, o número representa queda de 6% nesse tipo de crime. Esses dados fazem parte de um balanço da criminalidade apresentado na manhã desta quarta-feira (3) pela Polícia Civil.
“Há 12 anos não foram apresentados números assim na cidade. Data de 2006, o período em que Governador Valadares enfrentou a pior crise em relação aos homicídios, beirando os 300 consumados, e dali para cá houve preocupação no enfrentamento e combate ao homicídio. Esses resultados são fruto de um esforço das instituições de segurança pública de Minas Gerais”, explicou o delegado regional Fábio Sfalcin.
O delegado apontou ainda que Delegacia de Homicídios da cidade possui índice de apuração de 60% dos crimes, média bem superior à nacional, que é de 15%. Segundo Fábio Sfalcin, além do bom relacionamento entre as instituições de segurança pública, também colabora com esse índice a rápida resposta da PC após os crimes e ainda a colaboração da sociedade, que contribui com informações importantes por meio dos canais de denúncia anônima.
Em relação às tentativas de homicídio, os números também apresentam redução. Em 2017, foram 116 ocorrências contra 207 no ano anterior.
Tráfico de drogas
Segundo a PC, de modo geral, a maioria dos crimes de homicídio na cidade estão relacionados ao tráfico de drogas e disputa entre gangues. Apesar da redução, o índice de adolescentes que sofreram medidas de restrição de liberdade mostra como ainda é alta a participação de menores de idade nos homicídios cometidos na cidade.
A delegada de homicídios Daniely Muniz aponta que 24,2% dos assassinatos possuem participação de adolescentes, mas a participação destes tem causas que vão além da atuação policial.
“Infelizmente a questão está relacionada a outros condicionantes, como vulnerabilidade social e conflitos de gangues; é uma questão cultural também. O Índice de Desenvolvimento Humano de Governador Valadares não é suficiente para aplacar essas vulnerabilidades sociais, isso influencia a atuação do tráfico de drogas”, destacou a delegada.