Noticia falsa sobre entrega de cesta básica atrai famílias carentes em Araçuai
Pais e mães de família saíram por volta das 7 da manhã de suas casas, na esperança de ganhar uma cesta básica. Foi preciso interferência do jornal Gazeta para desmentir a notícia. Nenhuma autoridade compareceu à praça .
Fake News, ou simplesmente, notícia falsa que aparenta ser verdadeira. Às vésperas do Natal, uma notícia que circulou de boca em boca, sobre a entrega de cestas básicas atraiu nesta terça-feira (19), dezenas de famílias carentes que saíram de suas casas, em Araçuai, no Vale do Jequitinhonha, na esperança de ganhar o presente.
Foi o caso de Rosilene Martins Silva, de 29 anos, moradora do bairro Nova Esperança, que saiu de casa ao amanhecer, com as 3 filhas de 3, 7 e 9 anos e seguiu para a praça do Coreto, na região central da cidade, onde segundo ela, seriam distribuídas as cestas.
Assim como ela, outras dezenas de famílias moradoras do bairro Nova Esperança e Mutirão, caminharam com seus filhos- a maioria crianças- por cerca de 2 km para chegar até ao local. Elas aguardavam pacientemente pela chegada das cestas, o que não ocorreu.
Desmentido
A aglomeração chamou a atenção da reportagem do jornal Gazeta que passava pela praça por volta das 10 horas da manhã. Muitas crianças estavam ali sem o café da manhã. Indiferentes ao problema, elas aproveitaram para brincar na praça.
Fake News, ou simplesmente, notícia falsa que aparenta ser verdadeira. Às vésperas do Natal, uma notícia que circulou de boca em boca, sobre a entrega de cestas básicas atraiu nesta terça-feira (19), dezenas de famílias carentes que saíram de suas casas, em Araçuai, no Vale do Jequitinhonha, na esperança de ganhar o presente.
Foi o caso de Rosilene Martins Silva, de 29 anos, moradora do bairro Nova Esperança, que saiu de casa ao amanhecer, com as 3 filhas de 3, 7 e 9 anos e seguiu para a praça do Coreto, na região central da cidade, onde segundo ela, seriam distribuídas as cestas.
Assim como ela, outras dezenas de famílias moradoras do bairro Nova Esperança e Mutirão, caminharam com seus filhos- a maioria crianças- por cerca de 2 km para chegar até ao local. Elas aguardavam pacientemente pela chegada das cestas, o que não ocorreu.
Desmentido
Mães deixaram suas casas logo que o dia amanheceu.A maioria das crianças estava com fome e sem o café da manhã.
A aglomeração chamou a atenção da reportagem do jornal Gazeta que passava pela praça por volta das 10 horas da manhã. Muitas crianças estavam ali sem o café da manhã. Indiferentes ao problema, elas aproveitaram para brincar na praça.
Crianças aproveitaram a ocasião para ocupar a praça e brincar.
A dona de casa, Mônica Ramos Pereira, de 35 anos, e mãe de duas crianças, garantiu que as cestas seriam entregues pela prefeitura, através do CRAS- Centro de Referência e Assistência Social- Já Roberto Carlos dos Santos, 48 anos, morador do bairro Canoeiro(Mutirão), disse que ficou sabendo por alto, assim como a adolescente Claudinéia Alves, de 17 anos, que também saiu do bairro Nova Esperança, como o filho de 8 meses no colo. " A noticia foi passada de boca em boca e se espalhou", afirmou Maria do Carmo Gonçalves,d e 52 anos.
Até as 10h30 nenhuma autoridade havia aparecido no local para desmentir o boato. Uma guarnição da PM esteve nas proximidades para registrar uma ocorrência mas não se atentou para o fato.
Uma mulher de 53 anos, estava inconformada. Ela garantia aos presentes que as cestas estavam escondidas em um imóvel onde funcionava o Fórum Trabalhista. O prédio esta vazio e com placa para ser alugado.
A desempregada Maristane Pereira Santos, 46 anos, moradora do bairro Nova Esperança, é mãe de 8 filhos. “ Hoje só tenho macarrão em casa para dar para eles”- lamentou a mulher que viu naquela notícia, uma oportunidade de dar uma almoço mais farto para os filhos
O jornal procurou o CRAS da região. A coordenadora do orgão se recusou a receber a reportagem e uma comissão de mulheres. Mandou avisar através de uma atendendente que a prefeitura não iria distribuir cestas básicas. Somente após a explicação do repórter que a notícia era falsa, é que a pequena multidão, após mais de três horas de espera, foi deixando a praça, com olhares desolados. Muitos ainda esperam que uma notícia verdadeira possa lhes trazer uma Natal mais feliz e um sorriso nos olhos das crianças tristes.