Polícia continua as buscas por vereador de Ouro Verde de Minas suspeito de homicídio
Vítima e autor, presidente da Câmara Municipal, eram vizinhos; testemunhas disseram que filhos do vereador foram ameaçados pela vítima, que tinha histórico de agressões na cidade.
A Polícia Militar continua as buscas por Cícero Xavier Vasconcelos Netho (PSDC), vereador e presidente da Câmara Municipal de Ouro Verde de Minas, que é suspeito de assassinar um homem de 47 anos dentro de um bar na tarde dessa segunda-feira (14).
O carro de Cícero foi encontrado a cinco quilômetros da cidade, na casa do sogro dele, mas o vereador e a arma usada no crime ainda não foram localizados.
Testemunhas contaram à Polícia Militar que Eli Fernandes dos Santos bebia dentro de um bar quando o vereador passou de carro e retornou pouco depois, já fazendo os disparos contra vítima, que morreu no local baleado por três tiros. Autor e vítima eram vizinhos, moravam lado a lado, e as testemunhas disseram que Eli havia ameaçado os filhos pequenos do vereador.
“O rapaz que matou nunca ouvi falar nada. Eu ouvi o que morreu gritando aqui na rua [anteriormente]. Perguntei o que é e disseram: 'É o Eli xingando o Cicinho'. Xingava aqueles nomes feios, ameaçava”, contou a comerciante Maria do Perpétuo Socorro.
Um outro morador que não quis se identificar disse que a vítima já havia ameaçado e agredido diversas pessoas do município. “O rapaz que morreu aterrorizava a cidade, na rua ninguém gostava dele. Ele já 'furou' quatro pessoas que eu sei; atirou em dois. Todas as vezes era liberado logo após”.
A PM confirmou que a vítima tinha histórico de passagens policiais por ameaça, agressão e lesão corporal. Segundo o tenente Edvan Ribeiro, a Polícia Civil vai investigar se a motivação do crime está relacionada a ameaça que a vítima teria feito.
Família pede prisão do autor
O irmão de Eli, Esdras Fernandes dos Santos diz que espera que o vereador seja preso e pague pelo crime.
“A única coisa que estamos querendo é que faça justiça, que ele seja preso e pague pelo crime dele. Nós não vamos colocar nossas mãos nisso não, vamos colocar nas mãos de Deus. Ele tirou a vida de uma pessoa doente, aposentado como louco, que tinha problema, tomava remédio controlado. E aí aconteceu essa tragédia”, lamentou.
O corpo de Eli Fernandes dos Santos foi velado em uma igreja ao lado da Câmara Municipal da cidade.