A Polícia Federal informou na tarde desta quinta-feira (26), que a operação Taturana, deflagrada nos municípios de Virgolândia e Nacip Raydan, no Leste de Minas, investiga contratos no valor de R$ 6,3 milhões que eram operados por empresas sob controle de uma organização criminosa que atuava em contratos públicos firmados com os dois municípios.

Segundo a PF, este é o valor de contratos envolvendo recursos federais, estaduais e municipais, mas ainda não é possível precisar o valor exato desviado, pois as empresas investigadas realizavam as obras contratadas terceirizando o serviço por valor inferior ao dos contratos firmados com os municípios.

Ainda de acordo com a PF, este é o motivo pelo qual o esquema rendeu lucro para os criminosos, pois as instituições de fiscalização confirmavam a execução das obras, mas não sabiam como estas haviam sido realizadas. Segundo o Ministério Público Federal, houve uso de material de baixa qualidade na execução dos serviços.

Pela manhã, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 11 conduções coercitivas, além da aplicação de cinco medidas cautelares, dentre elas o afastamento do prefeito de Virgolândia, Arnaldo de Oliveira Braga (PMDB).

O G1 entrou em contato com Arnaldo Braga, que informou que vai respeitar a decisão judicial, mas irá recorrer. Ele disse ainda que as obras investigadas não foram construídas com materiais de baixa qualidade, bem como negou que tenham sido feitas por empresas “laranjas”, destacando que as obras foram fiscalizadas pela Caixa Econômica e aprovadas.

Com o afastamento de Arnaldo Braga, o vice-prefeito Geraldo Magela Borges (PT) assume a Prefeitura de Virgolândia.