Mesmo com o aumento dos mutirões da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para coibir as ligações clandestinas e fraudes em medidores de consumo, os chamados “gatos”, as irregularidades continuam ocorrendo em Minas Gerais. O prejuízo causado por essa prática à empresa já chega a R$ 360 milhões neste ano. Somente em dois meses, comparando os valores acumulados até junho e até agosto, o aumento foi de 20%. Mas, os consumidores também sentem no bolso o peso da ação criminosa. A estimativa é que, sem as fraudes, a conta de luz ficaria 5% mais barata. Além disso, as ligações irregulares oferecem risco de acidentes.Junto ao aumento das irregularidades, a Cemig também enfrenta alta na inadimplência. E para reduzir a falta de pagamento, cortes estão sendo feitos. Somente de janeiro a agosto, foram 554 mil interrupções no fornecimento de energia de clientes que apresentavam débitos com a companhia. Destes, 180 mil em Belo Horizonte. Para se ter uma ideia, no ano passado foram 104 mil cortes em toda a área de concessão da empresa. Uma campanha está sendo feita com os clientes para tentar sanar as dívidas.“Fazemos propostas de acordo com cada consumidor, exatamente para evitar a suspensão da energia elétrica”, afirma Saad do Carmo Pereira, engenheiro de tecnologia e normalização.