A pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Justiça condenou 24 pessoas, sendo  a maioria  de uma mesma família, pelo crime de formação de organização criminosa, em Itamarandiba, município do Vale do Jequitinhonha. As penas dos líderes da facção ainda foram aumentadas devido ao fato de usarem armas de fogo, aceitarem a participação de adolescente no grupo e possuírem conexão com outras organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.

A operação denominada Calcário da Morte II, deflagrada no ano de 2016, teria desarticulado o grupo, que, segundo a Promotoria de Justiça Criminal de Itamarandiba, atuava no tráfico de drogas na região.

 

Interceptações feitas com autorização judicial apontaram que um dos líderes da organização planejava roubar bancos e agência dos correios da cidade. O grupo também estaria tramando atentados contra policiais do município. Entre os integrantes da organização estão pais, filhos, sobrinhos, netos e primos de uma mesma família.

 

A matriarca e o patriarca do grupo, como eram tratados, foram condenados a dez anos e seis meses cada, em regime fechado. E dois filhos do casal, considerados os líderes da organização criminosa, foram sentenciados cada um a 12 anos de reclusão em regime fechado. Outros integrantes do grupo receberam penas que variam de seis a dez anos de cadeia em regime fechado ou semiaberto. A soma das penas dos 24 condenados chega a quase 220 anos de prisão.

 

 

 

Autos do processo criminal nº 0009727-82.2016.8.13.0325 (confira aqui)