Confirmada sexta morte por chikungunya em Governador Valadares
Mortes ocorreram no primeiro trimestre do ano, todas as vítimas possuíam mais de 65 anos e outras doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes.
Foi confirmada nessa segunda-feira (21), no Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), mais uma morte por chikungunya em Governador Valadares, subindo para seis o número de óbitos provocados pela doençana cidade.
A SES não divulga dados específicos sobre a sexta vítima, mas afirma que até o momento todas as mortes provocadas pela chikungunya foram de pessoas acima de 65 anos e que já possuíam outras doenças crônicas, tais como hipertensão ou diabetes. A média de idade das vítimas é de 78 anos, sendo que a pessoa mais nova tinha 66 anos, e a mais velha 96.
O órgão informou ainda que apesar da confirmação ter sido feita neste mês, todas as mortes pela doença ocorreram no primeiro trimestre do ano, época em que houve maior número de casos de chikungunya no Estado. Ainda são investigados outros 16 óbitos.
Atendimento
Todos os óbitos por chikungunya confirmados até o momento ocorreram em Governador Valadares, cidade onde foram registrados mais de 11 mil casos prováveis da doença, representando cerca de 65% de todos os registros em Minas Gerais.
Devido à grande demanda da população nos postos de saúde da cidade, em março, a Prefeitura de Governador Valadares criou o Centro de Atendimento em Arboviroses, cujo atendimento era voltado exclusivo para pacientes com sintomas de dengue, zika e chikungunya. À época, eram realizados em torno de 180 atendimentos por dia. Atualmente, após queda da demanda, o mesmo local realiza cerca de três atendimentos diários.
Já no Centro de Atendimento ao Deficient Físico (Cadef), desde março foi iniciado tratamento específico para aqueles que tiveram chikungunya. A coordenadora do órgão, Érika Guerrieri, explica que a doença pode deixar sequelas nas articulações, daí a necessidade de passar por atendimento voltado para a doença.
“O paciente chega e é encaminhado para a médica, a reumatologista vai avaliar se é necessário medicar, depois já passa por uma avaliação da equipe multidisciplinar e já inicia o tratamento prioritário de fisioterapia e terapia ocupacional”, destaca a coordenadora.