O governo de Minas Gerais vai reduzir o escalonamento dos salários do funcionalismo público estadual para duas parcelas em vez de três, como vem ocorrendo desde o início de 2016. O primeiro grupo a ser contemplado com a mudança, já a partir do próximo mês, é formado pelos cerca de 80 mil servidores da segurança pública. Gradativamente, a nova divisão valerá para todos.

Segundo uma fonte próxima ao governador Fernando Pimentel (PT), o parcelamento de duas vezes será confirmado aos servidores da segurança nos próximos dias. São 45 mil policiais militares, 10 mil policiais civis e 18 mil agentes penitenciários. “Com isso vamos pular de 75% dos servidores que recebem em dia para 96%. O comunicado está sendo preparado e já é sinal do Refis e da lei dos fundos, aprovadas na Assembleia, que dão perspectiva de melhora para o estado”, informou a fonte. 

 

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De acordo com o aliado de Pimentel, a proposta é gradativamente passar o escalonamento dos servidores para dois dias.

O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros (Aspra), Sargento Baía, disse estar sabendo da mudança, que, segundo ele, está para ser anunciada oficialmente. “Os policiais militares, civis e bombeiros já receberam em duas parcelas no mês passado. A gente não tem a confirmação ainda se vai se repetir em agosto, porque não saiu a escala”, disse. 


Baía disse que a redução da escala foi um acordo com a categoria, mas que não houve justificativa por parte do Executivo. Ele informou que a Aspra entrou com processo para que o estado volte a pagar o salário em parcela única no quinto dia útil do mês

O deputado Sargento Rodrigues (PDT) também confirmou o pagamento em duas vezes este mês para os militares. “Parece que este mês está sendo estendido aos demais”, disse. 


O líder do governo, deputado Durval Ângelo (PT), não confirmou a informação da mudança do escalonamento, mas disse que o assunto está em estudo.

O governo de Minas  ainda não se pronunciou. 


No mês passado, em vez de divulgar a escala dos próximos três meses, como vinha fazendo, o governo de Minas informou apenas as datas do pagamento de julho. Segundo nota da Superintendência de Comunicação, na ocasião, isso foi feito porque o estado aguardava a aprovação de projetos na Assembleia "para conseguir recursos adicionais que permitam a reestruturação da escala de pagamento em benefício dos servidores".