Moradores de Galileia voltam a bloquear estrada de ferro em protesto
Manifestantes cobram pagamento de Indenização do Cadastro Integral, exigem que a captação de água seja feita no rio Caratinga ou Boa Vista e pedem distribuição de água mineral em creches e escolas de Galileia.
Um grupo de manifestantes de Galileia bloqueou, na manhã deste domingo (30), um trecho da Estrada de Ferro Vitória a Minas, na estação de São Tomé do Rio Doce, em Tumiritinga. Essa já é a terceira mobilização no local em três semanas. Os manifestantes informaram que só irão liberar o trecho após o comparecimento de um representante da mineradora Vale. Até o início da tarde deste domingo, o grupo permanecia no local.
Dentre as reivindicações, o grupo cobra o pagamento de Indenização do Cadastro Integral, que, segundo os manifestantes, foi prometido pela Fundação Renova há um ano. Eles também demandam que seja feita a captação de água alternativa através dos rios Caratinga ou Boa Vista, e, ainda, pedem a distribuição de água mineral em creches e escolas do município.
Ao G1, a Vale informou que a responsabilidade de negociação com os manifestantes é da Fundação Renova. A empresa confirmou que o trem de minério está parado no local, mas que o trem de passageiros não foi afetado até o início da tarde deste domingo.
O G1 também entrou em contato com a Fundação Renova. Em nota, a empresa informou que realizou uma reunião na última semana com os moradores de Galileia para esclarecer as dúvidas e entender as demandas da comunidade. “Na reunião, ficou combinado que os moradores fariam uma lista das pessoas que precisam de informações sobre o processo de indenização. A equipe da Renova pegou essa lista na última sexta-feira (28), conforme combinado, e fará devolutivas individuais sobre cada processo a partir desta semana”.
Em relação à qualidade da água, a Fundação afirma que em 115 pontos ao longo da Bacia do Rio Doce a qualidade da água é monitorada, e que as análises apontam que a água bruta está de acordo com o padrão dos resultados das análises da água antes da passagem dos rejeitos. “A água do Rio Doce pode ser retirada do rio para que seja devidamente tratada e fique dentro dos parâmetros de potabilidade da Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, antes da distribuição pela rede de abastecimento. Os laudos são compartilhados com agências reguladoras e poder público e estão de acordo com os parâmetros definidos pelos órgãos competentes”, conclui o comunicado.
Fonte:
G1
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