A sexta-feira. 28 de julho,  foi marcada por uma série de notícias que vão pesar ainda mais no bolso do consumidor, já onerado com o aumento dos impostos sobre os combustíveis. Energia elétrica, pedágio, gás (GLP) para indústria e comércio e novamente a gasolina já estão ou ficarão mais caros nos próximos dias. E mais: a alta desses itens tem a possibilidade de gerar efeito cascata nos custos de produção, que acabam estourando no orçamento das famílias.

O aumento nas contas de luz foi anunciado nesta sexta-feira (28)  pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A bandeira vermelha vai ser acionada em agosto, o que significa uma cobrança adicional de R$ 3 a cada 100kWh consumidos. E a culpa disso é basicamente a seca que assola diversas regiões do país. O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pelo órgão regulador, que avalia o preço da energia, o volume de chuvas e a situação dos reservatórios das hidrelétricas em todo o país para tomar uma decisão.

 

De acordo com a Aneel, houve necessidade de aumento dos gastos de geração de energia previstos para agosto. O custo da usina termelétrica mais cara a ser acionada no mês que vem será de R$ 513,51 por megawatt-hora (MWh) – a usina termelétrica Bahia 1.

O primeiro patamar da bandeira vermelha é acionado quando a energia fica acima de R$ 422,56 por Mwh. “Como o sinal para o consumo é vermelho, os consumidores devem intensificar o uso eficiente de energia elétrica e combater os desperdícios”, alerta a Aneel.

 

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Quando o valor supera R$ 610 por MWh, é acionado o segundo patamar da bandeira vermelha, que adiciona R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos. Este mês, vigorou a bandeira amarela, que adiciona R$ 2 a cada 100kWh. Em junho, foi acionada a bandeira verde, que não traz custo adicional ao consumidor. Em maio e abril, vigorou a bandeira vermelha em seu primeiro patamar. Em março, a amarela, e , em janeiro e e fevereiro, verde.

 

 

IMPACTO NAS BOMBAS

 

Pouco mais de uma semana de o governo anunciar o aumento do PIS e Cofins sobre os combustíveis, a Petrobras promove hoje novas alterações nos preços nas refinarias. A gasolina terá aumento de 1% e o diesel queda de 0,2%.

 

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira em 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.