Com o projeto “Farinha nutricional inovadora”, desenvolvido por estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, a instituição conquistou o público, os jurados e o prêmio de escola destaque na área de Ciências Biológicas e Ciências da Saúde da categoria Ensino Fundamental.

“Sair da nossa cidadezinha, apresentar nosso trabalho para diversas pessoas e, ainda, ser escolhido pela comissão, foi muito emocionante. Eu nunca tinha recebido um prêmio”, declara o estudante Bernardo Medeiros. No ano passado, a escola garantiu o terceiro lugar geral com a pesquisa “As potencialidades do larvicida leguminoso no combate ao Aedes aegypti”, orientada pela professora de Ciências, Jucinéia Fernandes Souza.

Concorrendo com outras 17 pesquisas realizadas por instituições estaduais, municipais, federais, técnicas e privadas, a Escola Estadual Alcides Mendes da Silva, situada a 591 Km de Belo Horizonte, apresentou um estudo sobre o potencial nutritivo de plantas do cerrado, bioma característico da região norte do estado.

“Pesquisamos o valor nutricional do jatobá, do amaranto, do baru e produzirmos uma farinha rica nutricionalmente e que não altera o gosto dos alimentos”, explica Bernardo, ressaltando que o produto, introduzido na merenda escolar, pode ser consumido com iogurte, feijão, arroz, entre outros alimentos, e possui diversos benefícios para a saúde. “O jatobá, por exemplo, tem muito ferro e previne a anemia. Já o amaranto ajuda no sistema cardíaco, imunológico, visão e ossos”, afirma.

Luís Gustavo da Cruz, 12 anos, destaca que o prêmio é um reconhecimento ao tempo dedicado ao projeto e um estímulo para professores e alunos seguirem investindo em pesquisa.

“É o incentivo para continuarmos no caminho da ciência, que considero muito interessante, seja na área biológica, da saúde, novas tecnologias, entre outras. Vamos estudar e pesquisar cada vez mais para podermos conquistar outras premiações e compartilhar conhecimento com outras pessoas”, garante.

Reforçando que o trabalho “Farinha nutricional inovadora” está alinhado ao projeto “Multiplicadores da Sustentabilidade”, a orientadora e professora de Ciências, Jucinéia Fernandes Souza, afirma que a premiação consagra a proposta pedagógica da escola e o empenho dos alunos.

“É a demonstração de que estamos certos em investir e promover a iniciação científica no ambiente escolar. Além disso, reafirma que eles podem ser protagonistas e fazer ciência na educação básica, no sistema de ensino público”, diz. O projeto Multiplicadores da Sustentabilidade visa disseminar informações sobre adoção de práticas sustentáveis e preservação ambiental.

Compartilhando da opinião da educadora, Maria Suserlei Santos, diretora da escola, salienta que o prêmio pode transformar os estudantes. “Tenho certeza que voltarão mais entusiasmados em estudar, fazer ciência, investigar e buscar, por meio dos projetos, construir e compartilhar o conhecimento. A UFMG Jovem inspira e amplia a maneira como nós, docentes e educandos, vivenciamos o saber”, conclui.

18ª UFMG Jovem

Norteada pelo tema “Transformações e Maioridade”, a 18ª UFMG Jovem, organizada pela Diretoria de Divulgação Científica (DDC), vinculada à Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais (Proex/UFMG), integra a SBPC Jovem, evento que ocorre simultaneamente à 69ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A feira é aberta ao público e a programação completa pode ser conferida no www.ufmg.br/sbpcnaufmg/.