Três mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão estão sendo cumpridos, nesta quinta-feira (20), na Operação Empreitada Final, de combate a fraudes em licitações e pagamento de propina instaurado na prefeitura de Cuparaque, no Leste de Minas. A ação é realizada pelo Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU), em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). Também estão sendo cumpridos três mandados de condução coercitiva.

Segundo informações da CGU, a operação busca desarticular associação criminosa responsável por fraudes em procedimentos licitatórios e pagamento de propina a agentes públicos. O prejuízo aos cofres públicos é de R$ 13 milhões.

Segundo as investigações, três empresas do ramo da construção civil contratadas pelo município apresentaram indícios de serem ‘fantasmas’, já que elas estão em nome de terceiros, não possuem sede física e funcionários registrados. O CGU informou ainda que com a quebra dos sigilos bancário e fiscal, foi identificado que, após a Prefeitura realizar o pagamento das faturas destas empresas, parte do dinheiro era destinada a funcionários, que ocupavam cargos altos na administração municipal. Segundo o CGU, os contratos são de 2013, mas a ação investiga um grupo que atua há vários anos na cidade.

Entre os beneficiários do esquema, estão um ex-prefeito e a esposa dele, que também é ex-prefeita da cidade. Eles devem responder por associação criminosa, fraude a licitação, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica. O G1 não conseguiu falar com os investigados e nem com a Prefeitura de Cuparaque.