Norte de Minas produz 600 toneladas de manga por semana
O Norte de Minas se destaca no cenário da mangicultura, com cerca de seis mil hectares dedicados ao cultivo da manga. De acordo com dados da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), semanalmente são produzidos 600 toneladas da fruta; sendo que 120 toneladas são exportadas para países da Europa.
A área plantada na Norte de Minas representa cerca de 10% de todo o território de cultivo da manga no Brasil. O produtor rural Darcy da Silva Glória afirma que possui uma área de 25 hectares produzindo o fruto, onde são colhidos entre 600 e 700 toneladas anualmente.
O produtor afirma ainda que outros 15 hectares já iniciam o ciclo produtor em 2018. Mesmo com outras áreas cultivando outros frutos, o produtor diz estar satisfeito com os resultados da mangicultura. “É uma cultura cara, mas as possibilidades de lucro são boas também. Creio que nossa produção seja satisfatória devido ao clima bom para o fruto na região e também com as boas técnicas de manejo aplicadas”, afirma Darcy da Silva.
Em busca de novas tecnologias a serem aplicadas no cultivo da manga na região, consultores da Abanorte participaram do XII Congresso da Manga, realizado na China. Especialistas de várias partes do mundo apresentaram pesquisas em torno da mangicultura durante o encontro.
O coordenador da Câmara Setorial da Manga da Abanorte, Moacir Brito Oliveira, explica que a China investe alto na indústria da manga, mas, ao mesmo tempo, satisfeito em reafirmar a imagem do Norte de Minas como referência na produção do fruto, inclusive em relação à países como a China e Índia.
“Lá eles produzem um fruto com o sabor intenso. Voltamos impressionados com os investimentos do país na produção. Porém, a produção deles ainda é para o consumo próprio. Hoje o Norte de Minas é destaque no Brasil, com uma das produções mais regulares. Cerca de 10% de toda produção nacional sai da nossa região”, explica.
Para Oliveira, os resultados obtidos na região, e que foram levados ao congresso, se devem às parcerias firmadas entre a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e a Abanorte. “Foi muito importante participar deste congresso, porque lá apresentamos os resultados de nossa produção. Pudemos ver o que fazer em questões de tecnologia e percebemos que estamos no caminho certo. Com o apoio da Unimontes e da Abanorte, que abraçam a causa deste cultivo, iremos conseguir novos e bons resultados”.