O delegado Luiz Cláudio Freitas do Nascimento, responsável pelo caso, afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que em até 30 dias deve sair o resultado da perícia. Segundo ele, a ossada foi encontrada por um maquinista que trabalhava na manutenção de uma estrada na zona rual de Rio Pardo de Minas. A corporação não forneceu mais detalhes sobre o caso para não atrapalhar a investigação.

A notícia sobre a possível ossada de Emily abalou a família que, mesmo após quatro anos do desaparecimento da menina, ainda alimentava esperanças de encontrá-la viva. “Essa informação não confortou a família, trouxe tristeza. Ela e a avó materna da criança estão muito mal, foram surpreendidas”, contou o advogado de Tatiany, Diogo Emanuel Domingos. “O quarto de Emily está arrumado até hoje”, completou.

A garota desapareceu enquanto brincava na porta da casa da mãe, na avenida Padre Horácio Giraldi. Ela usava um vestido preto e segurava uma boneca negra – chamada por Emily de Pretinha.

O sumiço de Emily já foi investigado como sequestro, cárcere privado, tráfico internacional de pessoas, mas nunca se chegou até ela ou ao suposto criminoso.

No primeiro ano, pistas levaram a polícia a procurar pela menina em Montes Claros, na região metropolitana de Belo Horizonte e na própria capital. Cogitou-se que ela poderia ter sido raptada por ciganos, levada para outro Estado e até para fora do Brasil, mas nenhuma das indicações se confirmaram.

A mobilização em torno do caso foi tão grande que um empresário do Norte de Minas chegou a oferecer R$ 50 mil a quem desse uma pista concreta sobre o paradeiro da menina.

As investigações começaram na delegacia local e foram transferidas para a Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Belo Horizonte. Manifestações e buscas paralelas foram realizadas pela família e amigos de Emily, que teve foto mostrada até no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. As investigações prosseguem sob a responsabilidade do delegado regional de Montes Claros.