“O programa converte o crânio em 3D e, a partir desse crânio, nós enviamos os dados a um especialista da área forense que fala se é um homem, se é mulher, a ancestralidade, se é asiático, africano, europeu. No caso desse crânio o perito legista aferiu que se tratava de um homem com características asiáticas e no mínimo 28 anos”, explicou.

O perito fez um trabalho às cegas, sem ser influenciado pelas informações que os pesquisadores do museu já tinham sobre como seria o ancestral.

“Eu da primeira vez chorei, porque eu sempre tive muita curiosidade, sempre vi esses fósseis como pessoas. Quando você abre um túmulo, um cemitério pré-histórico, muitas pessoas só têm aquele olhar científico e essas pessoas depois de terem o rosto reconstituído se tornam pessoas mais presentes, mais próximas de nós talvez”, disse a historiadora Erika Suzanna Bányai.

O crânio do homem de Lagoa Santa está em exposição no Museu da Lapinha.