Pesquisadores reconstituem rosto de homem que viveu em Minas há mais de 10 mil anos
Um fóssil de mais de 10 mil anos, encontrado em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 1945, ganhou um rosto graças à tecnologia. Há dois meses, o pesquisador Cícero Moraes entrou em contato com o Museu da Lapinha que abriga um sítio arqueológico. Mais de 700 fósseis foram descobertos na região.
“O programa converte o crânio em 3D e, a partir desse crânio, nós enviamos os dados a um especialista da área forense que fala se é um homem, se é mulher, a ancestralidade, se é asiático, africano, europeu. No caso desse crânio o perito legista aferiu que se tratava de um homem com características asiáticas e no mínimo 28 anos”, explicou.
O perito fez um trabalho às cegas, sem ser influenciado pelas informações que os pesquisadores do museu já tinham sobre como seria o ancestral.
“Eu da primeira vez chorei, porque eu sempre tive muita curiosidade, sempre vi esses fósseis como pessoas. Quando você abre um túmulo, um cemitério pré-histórico, muitas pessoas só têm aquele olhar científico e essas pessoas depois de terem o rosto reconstituído se tornam pessoas mais presentes, mais próximas de nós talvez”, disse a historiadora Erika Suzanna Bányai.
O crânio do homem de Lagoa Santa está em exposição no Museu da Lapinha.