Após jogo de futsal, DJ é morto e seis são feridos em Nova Porteirinha
Um DJ, de 22 anos, a namorada dele, a cunhada, uma jovem de 21 anos e um menino de 11 anos foram vítimas de uma troca de tiros, após uma partida de futsal, em um ginásio de Nova Porteirinha, na região Norte de Minas Gerais, nessa segunda-feira (17).
A vítima mais velha seria o alvo dos disparos e morreu no local, ao ser atingido por três tiros no braço, no peito e no pulmão.
Testemunhas contaram à Polícia Miliar (PM) que quatro pessoas armadas chegaram à avenida Edilson Brandão, no centro da cidade, desembarcaram e ficaram próximos a cerca do ginásio poliesportivo.
Quando os presentes deixavam o local, após a partida, o grupo começou a atirar. Um homem, que estava na quadra, revidou os disparos e atingiu um jovem de 22 anos, que é do grupo suspeito.
O DJ Lucas Raphael Gomes Rodrigues morreu no local. As demais vítimas, de 11, 12, 14, 17 e 21 anos, e o atirador baleado foram encaminhados para o Hospital Regional de Janaúba, na mesma região. O hospital não informou à reportagem o estado de saúde das vítimas.
Nessa terça-feira (18), a Polícia Civil ratificou a prisão do suspeito baleado, por homicídio e tentativa de homicídio, mas ele continua internado. Ele nega a participação no crime.
As vítimas ainda não foram ouvidas, porque estão todas no hospital. O delegado Ricardo Amaral afirmou que Lucas têm várias passagens pela polícia, e a principal linha de investigação é disputa entre gangues rivais, já que Lucas e o atirador que foi ferido e preso são de grupos em disputa.
Vítima trabalhava com o pai
O pai da vítima, Júlio César Rodrigues, 40, pede que a polícia e a Justiça façam o seu trabalho e não virem as costas para a bandidagem. "Eu acho que estão fazendo muita sacanagem, a Justiça e a polícia. Eles não estão cuidando do mundo do crime. O meu menino, ele é parente de bandido, mas ele não era. Não é todo mundo igual", garantiu.
Segundo o homem, que trabalha com publicidade e eventos na cidade, o filho trabalha com ele nas festas, atuando como DJ. "As pessoas atingidas pelos tiros não tinham ficha na polícia. O meu menino era muito tranquilo, ele estava saindo do jogo", lembrou.
Lucas morava com a mãe e estava acompanhado da namorada, na partida, de acordo com o pai. O rapaz já teria usado drogas, mas parou há mais de seis anos. "Que gangue? Ele tinha colegas, ele cumprimentava, mas ele não estava no meio", afirmou.
Crime no ginásio é assunto na cidade
O auxiliar de escritório Wallace Vieira, de 25, estava passando próximo ao ginásio quando o tiroteio começou. "Ouvi vários gritos, mas fiquei com medo de me aproximar. Crime em todo lugar tem, mas nunca vi dessa forma aqui em Nova Porteirinha", afirmou.
Segundo moradores e comerciantes, o campeonato de futebol começou há mais de cinco dias e já estava na etapa final. Os jogos teriam, ainda conforme populares, o apoio da Secretaria de Esportes do município. A reportagem de O TEMPO tentou contato no telefone da prefeitura, mas as ligações ainda não foram atendidas.
"Como a cidade é bem pequena, logo depois dos tiros, todo mundo ficou sabendo. Foi um susto", disse a dona de casa Maria de Oliveira, de 42 anos.