“As mercadorias estavam todas embaladas com plásticos para ocupar menos espaço. Ele tirou o banco e o estepe do veículo para colocar os produtos. Até debaixo do banco do motorista tinha mercadoria”, contou a inspetora da PRF, Heloísa Menezes.

O motorista disse à polícia que tinha saído de Sergipe, entrado no Paraguai por Foz do Iguaçu e estava retornando para vender os produtos. Ele relatou ainda que fazia o trajeto há 10 anos. De acordo com a PRF, o condutor, que já tinha sete passagens pelo mesmo crime, foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal, junto com o material e o veículo apreendidos.

De acordo com o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Pedro Dias, o condutor responde por crime de descaminho, em razão da entrada irregular no país de mercadorias pelas quais não houve pagamento de imposto.

“Neste caso, o motorista responde por crime de descaminho, que é diferente do crime de contrabando. O contrabando só se caracteriza quando há entrada pela fronteira de produtos que são proibidos. Trazer perfumes e aparelhos eletrônicos de outros países não é proibido, desde que haja o pagamento devido dos impostos”, explicou o delegado.