O vício, tantas vezes contestado pela família, parece ter sido o comburente para que a rotina se desfizesse de forma chocante: Júlia foi assassinada a golpes de foice, e o filho dela foi preso como suspeito do crime.

O caso ocorreu em Varzelândia, no Norte de Minas. Ao ser preso, ainda na noite de anteontem, Pereira ainda exalava o álcool que parecia ter tomado conta dele na hora de cometer o crime. De acordo com vizinhos, após matar a mãe, ele correu para o lado de fora da casa onde vivia com a idosa, na Vila Sapé, e começou a gritar por socorro, dizendo que havia acabado de matar a mãe.

As marcas do crime ainda eram evidentes. Segundo a Polícia Militar (PM), na cintura de Pereira estava um canivete. Na camisa, marcas de sangue da mãe, que já estava morta quando foi encontrada dentro do quarto, com várias perfurações no pescoço.

Pereira responderá pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por não ter dado chances de defesa à mãe, e por tê-la matado por motivo fútil. Pelo menos é o que a Polícia Civil concluiu após colher o seu depoimento. Aos investigadores, o suspeito narrou a morte brutal da mãe, alegando que cometeu o crime porque ela estava o importunando por ele ter chegado embriagado em casa.

O suspeito contou que, durante a briga, apanhou uma foice e, muito nervoso, partiu para cima da mãe, desferindo um golpe na cabeça da mulher. Não conformado, ele pegou umas varetas de madeira que estavam no terreiro da casa e perfurou o peitoral da idosa, que ainda reagia às agressões.

Conforme a história narrada pelo suspeito, antes de sair gritando pela rua, ele pegou novamente a foice e deu mais três golpes contra a mãe, para certificar-se que ela havia morrido.

Após passar por uma perícia da Polícia Civil, o corpo de Dona Júlia, como era conhecida a idosa, foi liberado nesta segunda-feira para velório.

Presídio

As armas do crime foi apreendida, e Pereira foi levado para uma delegacia da cidade, onde foi ouvido. A Polícia Civil informou que ele agora está detido em uma unidade prisional.