Em todo o ano foram registrados 34 abalos na região, segundo dados do boletim de edição especial da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), divulgado neste mês de fevereiro.

Nenhum dos abalos registrados no ano passado chegou a atingir 2,5 de magnitude na escala Escala Richter. O responsável pelo Núcleo de Estudos Sismológicos (NES) da Unimontes, professor Expedito José Ferreira, disse que o Norte de Minas possui histórico de tendências a tremores de terra, por isso, a importância de se registrar e estudar estas ocorrências.

“Os dados monitorados em Montes Claros são importantes para a sismologia de todo o mundo. É muito importante que nós possamos reconhecer as ocorrências, e assim, passar a conhecer os caminhos da sismologia na região”, explica.

Desde o ano de 2013 o NES possui duas estações instaladas no município. Os registros feitos pelas estações apontam que a falha responsável pelos abalos na região é bem maior que o tamanho até então divulgados, de dois a três quilômetros.

“A falha está nas proximidades da Vila Atlântida, região noroeste de Montes Claros. O que se percebeu nos dados colhidos até agora é que os tremores estão saindo do centro urbano e migrando para a zona rural. O que precisamos é dotar de pesquisas para reconhecer a verdadeira dimensão desta falha”, diz o professor.

O maior tremor de terra registrado na região, de 4,2 graus de magnitude, foi em maio de 2012, em Montes Claros. Mesmo com o possível aumento na falha geológica, o professor explica que, caso haja novos abalos, os tremores não cheguem à mesma magnitude do registrado naquele ano. “Nós temos dois sismógrafos monitorando a região. Nós precisamos de pelo menos mais dois aparelhos. Assim podemos aumentar o número de dados para os estudos dos abalos sísmicos no Norte de Minas”.

A publicação com os dados do Núcleo de Estudos Sismológicos será mensal.