As melhorias implementadas na Central de Captação de Vagas, que funciona na Unidade de Atendimento ao Trabalhador (UAT) Gameleira, e a capacitação de 561 funcionários das 133 unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) no estado já refletem em uma ampliação das oportunidades de emprego em todo o estado.


Segundo balanço divulgado pela Subsecretaria de Trabalho e Emprego da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese)<http://www.social.mg.gov.br/>, de janeiro a novembro deste ano houve em Minas Gerais a captação de 49.070 vagas de emprego, o que garantiu a colocação de 20.562 trabalhadores.

Só em Belo Horizonte, nas sete unidades do Sine, foram captados 3.395 postos de trabalho e efetivadas a colocação de 951 pessoas até novembro.
A Central de Captação de Vagas na Gameleira recebeu melhorias na infraestrutura, ganhou uma coordenação e conta agora com dez funcionários fazendo contatos com empresas para a busca de oportunidades de emprego, visando minimizar a desocupação em Minas Gerais.


Um dado positivo no estado neste ano, que pode apontar o início da retomada da atividade econômica, é o crescimento de forma menos intensa da perda de postos de trabalho. Para se ter uma ideia, de janeiro a setembro do ano passado, o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a perda de 95.061 vagas, enquanto neste ano, no mesmo período, chega a 54.653.


Outro dado positivo em Minas Gerais foi a retomada da emissão de carteiras de trabalho em 53 postos do Sine. Esse trabalho havia sido suspenso porque os kits do Ministério do Trabalho utilizados na emissão haviam ficado obsoletos.
No entanto, desde o mês passado, essas unidades do Sistema Nacional de Emprego voltaram a emitir o documento, após receberem novo kit, que inclui câmara fotográfica com painel branco, coletor de assinatura digital e os aparelhos de biometria.


“Apesar da conjuntura muito difícil e adversa de Minas Gerais, com problemas da crise econômica nacional, baixa arrecadação financeira do Estado, conseguimos avançar muito no âmbito do trabalho. Estamos consolidando o setor de captação de vagas e, com isso, possibilitando mais emprego e, sobretudo, garantindo mais coesão na equipe de trabalho”, enfatiza o subsecretário de Trabalho e Emprego da Sedese, Antônio Roberto Lambertucci.
Ele lembra que foi feita neste ano uma melhoria de gestão nos postos do Sine. “Estamos possibilitando que, nesse quadro de desemprego, mais trabalhadores consigam um posto de trabalho”, frisa.


Feiras regionais


Lambertucci ressalta também o fortalecimento da economia solidária em Minas, buscando a inclusão social e a sustentabilidade. “Por meio dos pontos fixos de comercialização dos produtos, centenas de famílias conseguiram ampliar suas rendas”, diz.
Neste ano, a Sedese garantiu a realização de 13 feiras de Economia Popular Solidária (EPS), sendo duas estaduais na Praça da Assembleia, e outras 11 regionais, onde foram comercializados produtos da agricultura familiar, confecção, bijuterias e artesanatos de várias regiões do estado.


A Sedese também garantiu a entrega de kits com barracas padronizadas para a realização de feiras regionais. Esses produtos já foram entregues para pequenos empreendedores dos municípios de Passos, Uberlândia, Juiz de Fora, Paracatu, São João del-Rei e Belo Horizonte.  Devem ser beneficiados ainda os de Montes Claros, Diamantina, João Monlevade, Teófilo Otoni e Governador Valadares.


Só no túnel do Prédio Gerais da Cidade Administrativa foram realizadas 11 feiras, reunindo 167 empreendedores e beneficiando diretamente 600 pessoas e outras 3.600 indiretamente. No local também são comercializados produtos como artesanato, vestuário e alimentação de várias partes de Minas Gerais. A maioria dos visitantes, cerca de 80%, é funcionário da própria Cidade Administrativa.


Conselhos de Trabalho e Emprego


Dentro do eixo de participação social, a Sedese tem intensificado também o apoio aos municípios para que organizem e qualifiquem os Conselhos Municipais de Trabalho e Emprego e os de Economia Popular Solidária.


Neste ano, já foram realizados encontros para incentivar a criação e fortalecimento desses órgãos nos municípios de Araçuaí, Paracatu, Patos de Minas, Poços de Caldas, Salinas e Varginha, capacitando mais de 200 gestores, conselheiros e técnicos das prefeituras locais.


Por meio de convênio com o Ministério do Trabalho, a Sedese tem garantido também, dentro da Economia Popular Solidária, o atendimento às comunidades tradicionais como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, assentados da reforma agrária e catadores de material reciclável, entre outros.
Só em um dos convênios estão sendo investidos mais de R$ 4,2 milhões para a capacitação de mais de 4 mil famílias em práticas de cooperação e em várias competências necessárias ao desenvolvimento das áreas da reforma agrária.