Para poder trabalhar pedreiro adapta cano em perna amputada
Fernando Ramos Leonel, 34 anos, adaptou canos de PVC como se fosse uma prótese, para trabalhar.
pedreiro adaptou uma 201Cprótese201D para poder trabalhar (Foto: Pedro Machado)
A cena do pedreiro chapiscando o muro de uma residência no Distrito do Sumaré, na tarde de ontem (7), com certeza passou despercebida para muitas pessoas que passavam. Porém, o radialista Pedro Machado ficou sensibilizado com a imagem de Fernando Ramos Leonel, 34 anos, trabalhando com uma “prótese” improvisada, feita com cano de plástico, um cotovelo de PVC e uma fita adesiva.
O pedreiro sofreu um grave acidente no dia 17 de março deste ano, na BR-376 próximo ao trevo de Alto Paraná. Ele voltava para Paranavaí depois de comprar uma moto e foi atingido por um caminhão. Entre idas e vindas, o motociclista ficou mais de quatro meses internado em hospitais de Paranavaí e na cidade de Londrina.
Durante esse período, Leonel teve que amputar parte da perna direita (do joelho para baixo). Ele explicou que a decisão médica surgiu depois que contraiu uma bactéria. “Se não fizesse a amputação correria sério risco de morrer."
Casado e com uma filha de nove anos para sustentar, o pedreiro se viu obrigado a achar alternativa para não deixar a família em situação financeira difícil. Sem dinheiro para comprar a prótese, que custa cerca de R$ 10 mil, o pedreiro comprou um cano de 100 milímetros e um “cotovelo” da mesma medida. Usando fogo ele ligou as duas peças e com fita adesiva prendeu o artefato na perna.
O problema é que o material não é adequado e provoca fortes dores ao final do dia. O pedreiro tem que tomar remédio para poder suportar a dor e dormir. “Deus deu o livramento de vida e arrancou só a perna. Era para eu estar morto. Por isso, tenho que seguir a vida”, disse Leonel.
No final da entrevista dada ao radialista Pedro Machado, o pedreiro foi questionado sobre a possibilidade de ser ajudado. Ele explicou que pensa em fazer rifa para juntar dinheiro e comprar a prótese. Porém, em tempo de crise, ainda não sobrou dinheiro para comprar algo. “Moro aqui nas populares do Sumaré e quem quiser ajudar pode entrar em contato no telefone de minha esposa 99178-5806.”
Fonte:
Diário do Noroeste
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