Teófilo Otoni: UPA passa a atender apenas casos de emergência e urgência
Os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, comunicaram que serão suspensos os atendimentos de pacientes não urgentes a partir do próximo dia 12 de dezembro de 2016, mantendo normalmente os atendimentos de urgência e emergência.
A princípio, a redução no número de atendimentos, está ligado ao atraso dos honorários médicos, que já chegam a três meses.
De acordo com os profissionais da unidade, os pacientes não urgentes serão encaminhados às respectivas Unidades Básicas de Saúde e PSFs dos bairros. Nas UPA, que funciona 24 horas por dia, são realizados atendimentos de média a alta complexidade, em períodos contínuos em horários e dias em que os postos de saúde não abrem. Na UPA, o paciente será estabilizado e, quando necessário, será encaminhado ao pronto-socorro ou hospitais da cidade.
Função da UPA
Em um primeiro momento, o comunicado divulgado ao Portal Minas Hoje pelos médicos da UPA nesta semana causou espanto e queixas de parte da população. No entanto, a classificação, segundo o Ministério da Saúde à UPA, ratifica que a unidade é de urgência e emergência para serviços de média a alta complexidade, um meio termo entre centro de saúde e hospitais, com mais recursos do que um posto de saúde (PSF). Por sinal, “a gravidade do risco, e não a ordem de chegada, determina a rapidez com que o paciente será atendido”, destacou um médico da unidade.
Ainda de acordo com o profissional, os postos de saúde são a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). São a eles que as pessoas devem se dirigir para consultas de rotina, acompanhamentos médicos, receitas e vacinas.
Opinião
Nas redes sociais algumas pessoas reclamaram da falta de atendimento na UPA e a demora nos atendimentos.
“Gente do céu! Quem vai sair de casa e enfrentar aquela fila sem estar precisando?”, afirmou uma internauta.
As reclamações tomaram coro na opinião de outras pessoas. Muitos reclamaram da unidade atender pacientes de outras cidades, casos que poderiam ser sanados se os hospitais das vizinhas recebessem os pacientes, a fim de reduzir o número diário de pessoas que chegam à Teófilo Otoni, sobretudo, pela falta de condições das unidades de Saúde da região
“Médico tem, o problema é que a UPA não recebe só pacientes da cidade ou os casos mais graves. A gente vê muitos pacientes de fora. Parece que as prefeituras, hospitais das cidades vizinhas não se esforçam para se estruturar, e acaba recambiando os pacientes para Teófilo Otoni, que já vive uma crise na saúde. Se a UPA e o Santa Rosália fecharem as portas, para onde iremos? Se houvesse uma ajuda de custo das prefeituras das cidades que direcionam os pacientes para cá, não haveria esse problema de falta de recursos ou atrasos nos salários, ou pelo menos, mostraria que eles de fato se importam com o estrangulamento da UPA”, desabafou.