Três pessoas são presas na segunda fase da Operação Carcinoma em MG
Ação investiga desvio de dinheiro em instituto do câncer em Ipatinga. Oito pessoas foram presas na primeira fase em três cidades.
Três pessoas foram presas nessa terça-feira (16), na segunda fase da Operação Carcinoma, deflagrada no último dia 9 em Ipatinga (MG). A ação investiga um esquema criminoso instalado na administração da Associação de Assistência às Pessoas com Câncer (AAPEC) que segundo o Ministério Público Estadual (MPE), aponta um enriquecimento ilícito dos administradores da instituição mediante apropriação de recursos públicos e de recursos arrecadados por meio de doações.
Nesta nova fase, foram presas em Ipatinga a cunhada do casal de administradores da AAPEC e a gerente da Global, empresa que executava pagamentos para o casal de administradores da associação. Já em Governador Valadares, um advogado, que era responsável pela contabilidade da AAPEC, foi detido.
Além da Aapec de Ipatinga, também estão sendo investigadas 17 empresas ligadas à Associação, em Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso, Belo Horizonte, Governador Valadares e Viçosa.
O Ministério Público também informou que será divulgado nos próximos dias o nome do novo administrador provisório, nomeado para a associação, para dar continuidade aos serviços assistenciais para os quais a entidade deveria ter sido constituída.
Entenda o caso
Na primeira fase da operação, oito pessoas foram presas temporariamente. De acordo com o MP, a prisão temporária de quatro investigados foram convertidas em preventivas, para dar continuidade na apuração do fatos. Os outros detidos já foram liberados.
A ação começou há seis meses e o MP apurou que além do enriquecimento e a vida de ostentação levada pelo casal que administrava a AAPEC, como carros de luxo e motos esportivas, eles ainda residiam em um imóvel de propriedade da instituição em um bairro nobre da cidade de Ipatinga, sendo que a própria Associação dependia de um imóvel alugado para funcionar. A Associação ainda é responsável por arcar com as despesas como alimentação, construções, viagens, festas, 'fitness' e outros luxos e despesas pessoais dos investigados.
De acordo com as investigações, a AAPEC movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês, mas o valor desviado ainda não foi apurado.