RIO 2016.Brasileiros que podem surpreender
Torcida deve ficar de olho em alguns atletas que têm se destacado nos últimos anos
RIO DE JANEIRO. Especialistas costumam fazer projeções de quantas medalhas cada país terá nos Jogos Olímpicos e quais atletas subirão ao pódio. Claro que tudo se baseia em resultados no último ciclo olímpico e na força dos adversários. Em qualquer amostragem, nomes como o de Arthur Zanetti (ginástica artística), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e as equipes de vôlei e vôlei de praia aparecem.
Também existem atletas que apresentam uma evolução grande nos últimos meses antes dos Jogos e acabam furando a fila, aparecendo como candidatos a roubar um lugar no pódio. Por isso, é bom ficar de olho em nomes que estão tendo um bom crescimento e chegam sem a pressão dos favoritos, como Felipe Wu, do tiro esportivo, que lidera o ranking mundial na pistola de ar 10 m, e Thiago Braz, do salto com vara, que já obteve a marca de 5,85 m na temporada.
Outros dois nomes merecem atenção. Ana Sátila, da canoagem slalom, teve um ano muito bom e pode estragar a festa das favoritas no K1 da canoagem slalom. “Acho que cresci no esporte. Hoje chego como a quarta melhor do mundo na minha categoria. Hoje consigo driblar mais isso e focar nos meus objetivos”, diz a mineira de Iturama. Já o nadador João Gomes Júnior obteve o melhor tempo da vida neste ano e tem condições de brigar por medalha nos 100 m peito. Em comum, os dois têm histórias de superação. Assim como eles, outros podem surpreender e fazer a alegria da torcida.
Veteranos
O Time Brasil também conta com atletas experientes. São 149 atletas que já disputaram uma Olimpíada antes e que vão ajudar na busca das medalhas. O velejador Robert Scheidt, por exemplo, vai em busca de sua sexta medalha: tem duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. No total, dos 465 atletas do Time Brasil, 36 já subiram ao pódio.
Rio de Janeiro. O Brasil vai entrar nas Olimpíadas com uma delegação formada majoritariamente por novatos. Dos 465 atletas que representarão o país, 316 estarão pela primeira vez na competição. A jogadora Izabella Chiappini, por exemplo, fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos junto com o polo aquático feminino, pois o Brasil nunca conseguiu participar da competição antes. A menina de 20 anos é um grande talento da nova geração e atuará justamente em casa.
O caso de Iza é semelhante ao de outras atletas. Aos 22 anos, a atacante Bia, da seleção feminina de futebol, vai disputar os Jogos pela primeira vez. “É um sonho sendo realizado”, disse a jogadora brasileira.