RIO DE JANEIRO. Especialistas costumam fazer projeções de quantas medalhas cada país terá nos Jogos Olímpicos e quais atletas subirão ao pódio. Claro que tudo se baseia em resultados no último ciclo olímpico e na força dos adversários. Em qualquer amostragem, nomes como o de Arthur Zanetti (ginástica artística), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e as equipes de vôlei e vôlei de praia aparecem.

Também existem atletas que apresentam uma evolução grande nos últimos meses antes dos Jogos e acabam furando a fila, aparecendo como candidatos a roubar um lugar no pódio. Por isso, é bom ficar de olho em nomes que estão tendo um bom crescimento e chegam sem a pressão dos favoritos, como Felipe Wu, do tiro esportivo, que lidera o ranking mundial na pistola de ar 10 m, e Thiago Braz, do salto com vara, que já obteve a marca de 5,85 m na temporada.

Outros dois nomes merecem atenção. Ana Sátila, da canoagem slalom, teve um ano muito bom e pode estragar a festa das favoritas no K1 da canoagem slalom. “Acho que cresci no esporte. Hoje chego como a quarta melhor do mundo na minha categoria. Hoje consigo driblar mais isso e focar nos meus objetivos”, diz a mineira de Iturama. Já o nadador João Gomes Júnior obteve o melhor tempo da vida neste ano e tem condições de brigar por medalha nos 100 m peito. Em comum, os dois têm histórias de superação. Assim como eles, outros podem surpreender e fazer a alegria da torcida.

Veteranos

O Time Brasil também conta com atletas experientes. São 149 atletas que já disputaram uma Olimpíada antes e que vão ajudar na busca das medalhas. O velejador Robert Scheidt, por exemplo, vai em busca de sua sexta medalha: tem duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. No total, dos 465 atletas do Time Brasil, 36 já subiram ao pódio.

Maioria, novatos sonham com medalhas nos Jogos

Rio de Janeiro. O Brasil vai entrar nas Olimpíadas com uma delegação formada majoritariamente por novatos. Dos 465 atletas que representarão o país, 316 estarão pela primeira vez na competição. A jogadora Izabella Chiappini, por exemplo, fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos junto com o polo aquático feminino, pois o Brasil nunca conseguiu participar da competição antes. A menina de 20 anos é um grande talento da nova geração e atuará justamente em casa.

O caso de Iza é semelhante ao de outras atletas. Aos 22 anos, a atacante Bia, da seleção feminina de futebol, vai disputar os Jogos pela primeira vez. “É um sonho sendo realizado”, disse a jogadora brasileira.