O ex-governador de Minas Gerais Rodon Pacheco morreu na manhã desta segunda-feira, 4 de julho,  em sua cidade natal, Uberlândia, na região do Triângulo, onde morava. O corpo dele deve ser velado no Palácio dos Leões naquela cidade. O político tinha 96 anos e morreu em casa.

Advogado, iniciou sua vida política sendo eleito deputado  Estadual no ano de 1947. Foi autor da emenda que permitiu a aprovação do projeto que criou a assistência social destinada ao fomento agrícola, defendeu teses favoráveis ao cooperativismo e contra a intervenção estatal. Durante o governo de João Goulart, aliou-se aos movimentos conservadores que apoiaram a deposição do atual presidente.

Como deputado federal procurou desenvolver a região do Triângulo Mineiro e em especial em Uberlândia. Conseguiu autorização para a criação da Escola de Engenharia de Uberlândia e acompanhou o processo de regulamentação das Faculdades de Direito e de Filosofia. No início da década de 70,

Rondon foi indicado pelo próprio presidente da República e foi eleito governador de Minas pela Assembléia Legislativa em 1971. Em sua gestão, deu forte ênfase ao empreendedorismo e a criação de institutos que fomentassem o crescimento econômico em Minas Gerais, entre eles, a eletrificação do Vale do Jequitinhonha.

O político mineiro liderou a União Democrática Nacional (UDN) de 1959 a 1961, partido pelo qual auxiliou na fundação junto ao amigo e político Pedro Aleixo. Foi Secretário do Interior e Justiça de Minas Gerais, ministro-chefe da Casa Civil no governo do presidente Costa e Silva e governador entre 1971 e 1975 após indicação de Emílio Médici, presidente da República na época. Em 1992, foi eleito membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro onde ficou morando.