Às vésperas de novas eleições municipais, 52 dos 853 prefeitos eleitos em 2012 já não mais comandam os municípios para os quais foram escolhidos em Minas. Levantamento  aponta que, três anos e meio após a última disputa, 23 chefes de Executivo já foram cassados. Além deles, 15 morreram, cinco renunciaram, quatro estão em licença médica, dois assumiram cargos no governo do Estado, dois estão presos e um foi afastado pela Justiça.

Números que servem de alerta aos eleitores, que correm o risco de verem seus votos evaporarem em menos de quatro anos, sendo governados por um nome secundário nas urnas.

A pequena Ritápolis, na região do Campo das Vertentes, é um exemplo do cenário. Em janeiro de 2015 o prefeito Marcus Gimenes (PT) deixou o cargo na cidade de 5.000 habitantes para assumir uma secretária na Codemig, a convite de Fernando Pimentel (PT).

 

Em seu lugar assumiu o vice Fábio José da Silva (PT). Gimenes diz que aceitou o convite por motivos pessoais. “Quando assumi a prefeitura, abri mão de uma vida profissional construída fora do município”, lembra. O ex-prefeito diz que mesmo trabalhando em outro local continua buscando ajuda para a cidade.