O delegado Bernardo Pena Salles, suspeito de corrupção se entregou no início da tarde desta segunda-feira, 27 de junho,  à Corregedoria-Geral da Polícia Civil na capital mineira.

 Ele estava com um mandado de prisão em aberto e é suspeito de pedir propinas para quadrilhas envolvidas com roubos de cargas, além de compra, venda e receptação de veículo,corrupção passiva, corrupção ativa, concussão, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

 O policial, que estava foragido, foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) onde passou por exames de corpo de delito. Em seguida, foi  encaminhado para a Casa do Policial Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, onde permanecerá preso. 

 As investigações sobre os crimes estão sendo conduzidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)e Polícia Civil.

 Na quinta-feira, (23) foi realizada a primeira fase da operação Serendipe, para apurar a participação de policiais civis e moradores de Uberlândia, na Região do Triângulo mineiro, em extorsão, corrupção passiva, corrupção ativa, concussão, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Durante a ação, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra o  delegado Bernardo Pena Salles, que estava  lotado em Governador Valadares, na Região do Rio Doce, cinco investigadores de Polícia lotados em Uberlândia e dois moradores daquela  cidade. Cinco deles foram presos no dia.

O delegado que dias antes havia recebido título de Cidadão Honorário concedido pela Câmara de Araçuai estava  naquela cidade do Vale do Jequitinhonha quando foi decretada a prisão dele. Pena Salles já havia atuado nas delegacias de Pedra Azul e Araçuai e após duras críticas com relação ao trabalho desempenhado por ele no combate à criminalidade, foi transferido para Uberlândia e depois para Governador Valadares.

 Outros dois investigadores envolvidos no escândalo, seguem foragidos.  

O caso começou a ser investigado durante duas operações realizadas em novembro de 2015, para apurar duas organizações criminosas envolvidas com os crimes de roubo e desvio de cargas e caminhões, além de roubo, compra, venda e receptação de veículos.

 Segundo o Ministério Público, o delegado e os outros policiais são suspeitos de pedir propina para os integrantes das organizações criminosas.

 A operação contou com a participação de quatro promotores de Justiça, cinco delegados e 29 investigadores da Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais.

 

"Caso fique comprovado o envolvimento dos policiais nos atos ilícitos, serão adotadas medidas disciplinares que poderão resultar até em demissão dos mesmos", diz nota da Polícia Civil.