Autuada por homicídio duplamente qualificado pela morte da própria filha com quatro dias de vida, uma mulher de 18 anos negou ter espancado a criança no domingo (3). Wuênia Tânia dos Santos, no entanto, admitiu ter cheirado cocaína momentos antes de amamentar a filha, o que pode ter provocado o sufocamento.

Chorando, ela se disse arrependida na delegacia.

— Minha ex-cunhada me deu um pó pra cheirar e eu cheirei. Fui dar de mamar pra neném e não sabia que fazia mal pra ela. Começou a enrolar a língua e fechar o olho. Coloquei a mão na garganta dela pra puxar a língua, e começou a sangrar a boca e o nariz.

A menina, que não chegou a ser registrada, foi encontrada por uma colega de quarto de Wuênia no bairro Jardim dos Bandeirantes, em Contagem, na Grande BH. Ao chamar a polícia, a mãe fugiu e alegou que "não sabia o que fazer".

— Eu falei. 'Ela morreu. Não liga pra polícia não, por favor'. E saí correndo. Quando separei do pai dela comecei a cheirar droga porque fiquei revoltada, ele me trocou por outra mulher.

Segundo o sargento Nilton Braga, as lesões apontam que a criança pode ter sido vítima de espancamento.

— A criança sofreu sangramentos pelo nariz, boca, e teve também traumas no crânio.

A polícia procura por um homem que estaria com Wuênia dos Santos na hora do crime. Segundo vizinhos, ela pedia leite na rua e, quando recebeu uma caixa o suspeito teria virado o conteúdo na boca da criança.

 

 

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