Prefeito do Vale do Jequitinhonha se unem contra a criminalidade
A orientação da União Brasileira de Municípios (Ubam) é a instalação dos conselhos municipais de segurança pública e defesa social, unificação das polícias civis e militares, criação da Polícia de Fronteira e da agências Estaduais de Vigilância 24 horas, com sistemas de câmeras e alarme via satélite
O aumento alarmante da criminalidade, que antes era um problema das médias e grandes cidades, se torna agora uma das maiores preocupações das autoridades municipais, cujas cidades poderão perder postos de atendimento, agências bancárias e casas lotéricas. Antes se falava em assalto, hoje, porém, agências bancárias estão sendo destruídas totalmente, com dinamite e outros artefatos, por grupos que portam armas de uso exclusivo do Exército e que não temem a justiça nem a ação policial. Além do consumo de entorpecentes que são comercializados todos os dias nas pequenas cidades.
Para evitar prejuízos para as prefeituras, a União Brasileira de Municípios (Ubam) enviou Circular a todos os prefeitos orientando-os a enviarem para as câmaras municipais projetos de lei instituindo os conselhos municipais de segurança pública, objetivando o fortalecimento das ações que serão implementadas em todas as cidades que compõem o Vale do Jequitinhonha.
Segundo o Presidente da Ubam, Leonardo Santana, os conselhos municipais de segurança pública serão compostos das principais autoridades que atuam nos municípios, objetivando traçar, em parceria com o Governo do Estado de Mias Gerais, medidas preventivas, para evitar o fechamento de várias agencias bancárias no interior, que pode obrigar a população a se descolar mais de 100 quilômetros para ter acesso a um atendimento, além de irreparáveis prejuízos para a economia local.
“Vou dizer ao governador Fernando Pimentel que algo tem que ser feito, e em caráter de urgência. E se precisarmos do Exército Brasileiro vamos convocá-lo em favor da população, pois a Constituição nos permite isso”.
Ele destacou que vai propor ao governador a criação da “Polícia de Fronteira”, a qual deverá trabalhar em conjunto com policiais civis e militares dos Estados vizinhos, Polícia Federal e Polícia do Exército, devendo coibir todo o tráfego de veículos que possam estar ligados ao mundo do crime ou qualquer forma de ilicitude, o que fechará completamente as fronteiras dos municípios.
Os prefeitos que integram a Ubam querem uma audiência com o governador, com participação dos superintendentes do Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e de outras instituições financeiras que atuam no Estado.
A Ubam quer instituir uma agência de vigilância contra o crime, visando interligar as cidades por um sistema de câmeras de alta resolução, nas principais vias de acesso, com alarme e acionamento por via satélite e a capacitação das guardas municipais, incluindo todo seu contingente num plano estadual de segurança e vigilância pública.