Cientistas brasileiros testam couro da tilápia contra queimaduras
Peixe é comum no Vale do Jequitinhonha. Projeto em Leme do Prado, beneficia 35 famílias através do criatório de tilápias. As famílias fazem parte da Associação dos Produtores Rurais, Agricultores Familiares e Aquicultores de Mandassaia (Apromam)
Cientistas brasileiros acreditam que o couro da tilápia, um peixe de água doce muito comum no país, pode ajudar no tratamento de vítimas de queimaduras.
Uma pesquisa com animais, que durou um ano e acaba de ser concluída, mostrou que o uso da pele do peixe como alternativa ao tratamento é eficaz.
Os resultados foram apresentados no começo deste mês na 2ª Jornada Carioca de Queimaduras e publicados na "Revista da Sociedade Brasileira de Queimaduras".
Hoje, o tratamento de vítimas de queimaduras é feito à base de sulfadiazina de prata, substância que cicatriza os ferimentos num período de 14 dias, em média.
Retirada da pele
De cada peixe é possível extrair 400 cm2 de pele. O material removido é lavado para a retirada de resquícios de tecidos musculares.
Limpeza
A pele da tilápia é colocada em banho-maria dentro de uma solução para a descontaminação
Radiação
O couro é armazenado em envelopes esterilizados. No Instituto de Pesquisas em Energias Nucleares da Universidade de São Paulo- USP, ele é irradiado por cobalto 60, que libera ondas eletromagnéticas capazes de exterminar organismos vivos
Testes
Em testes com 40 camundongos, o couro da tilápia provocou a cicatrização em tempo igual ao de pomadas disponíveis e também amenizou as dores, diminuiu a perda de líquido e reduziu o risco de infecção
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