No Dia Mundial da Água, 22 de março, a Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig lembra que o uso sustentável dos nossos rios garante, além da energia elétrica a custos mais baixos para os consumidores, também a biodiversidade, a preservação dos cursos d´água e seus diversos usos, como o abastecimento humano, irrigação de plantações e a criação de animais.

Mais de 90% da energia da Cemig é gerada a partir de fontes renováveis, principalmente hidráulica, que atualmente é mais barata do que outras matrizes tradicionais, como a energia térmica, ou alternativas, como a eólica e a solar. Por isso, a empresa – líder no Brasil em investimentos em pesquisa e desenvolvimento em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica – desenvolve diversos projetos e estudos para a preservação da qualidade da água, dos rios, matas ciliares e ictiofauna. As iniciativas visam proteger as margens dos reservatórios, evitando os processos erosivos, mantendo a vida animal e conservando os rios.

“Não é possível atuar na preservação das águas, sem pensar o reflorestamento da mata ciliar e na biodiversidade dos rios”, ressalta o gerente de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais da Cemig, Newton José Schmidt Prado. Os projetos, realizados em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e a Universidade Federal de Lavras (UFLA), tratam de temas como a sustentabilidade das matas ciliares, conservação de processos ecológicos e revitalização das áreas de preservação permanente.

Com o intuito de determinar a importância da vegetação ciliar na conservação e até na estruturação das comunidades de peixes, foram realizados estudos de integridade biótica do entorno dos reservatórios de Nova Ponte, Volta Grande e São Simão, no Triângulo, e Três Marias, na região Central de Minas. Esses estudos visam determinar as regiões mais próximas às condições de preservação original, além de apontar qual a importância da vegetação para a fauna de peixes e as ações que devem ser implantadas para melhoria da qualidade ambiental.

Reflorestamento Ciliar

As formações vegetais existentes às margens de rios, lagos, lagoas, córregos e nascentes são constituídas por diferentes tipos de vegetação  e servem de habitat e fontes de alimento para a fauna aquática e terrestre. São fundamentais na manutenção da biodiversidade. De maneira geral, esses ambientes são importantes para filtragem de poluentes, pesticidas agrícolas e sedimentos, impedindo-os de chegar até os cursos d’água.

“A vegetação permite a preservação da água em qualidade, pois evita ou diminui a deposição de sedimentos e de possíveis poluentes; e em quantidade, uma vez que em solos com maior cobertura vegetal há um menor escoamento superficial da água da chuva e maior infiltração”, explica Miriam Castro, analista de meio ambiente da Cemig.

A Cemig mantém também o Programa de Reflorestamento Ciliar desde 1990 com o objetivo de manter o ambiente aquático saudável tanto para a fauna de peixes, quanto para própria preservação dos corpos hídricos. A execução é feita por meio de convênio com a UFLA e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).

O programa consiste em repovoar o entorno de rios com mudas de espécies nativas. Entre 1992 e 2005, a Cemig possibilitou o plantio de 1100 mil mudas, promovendo a revegetação de uma área de mais de 560 hectares em nove municípios.

Siságua

Buscando o conhecimento da qualidade da água em seus reservatórios, a Cemig criou o Sistema de Informação de Qualidade da Água dos Reservatórios da Cemig (Siságua), uma base de dados gerados a partir das coletas de água realizadas no monitoramento dos reservatórios e cursos d’água onde a Empresa possui empreendimentos.

Também são realizados Programas de Monitoramento de Ictiofauna, Fauna Terrestre e Aérea. “Todos esses monitoramentos geram dados que subsidiam as medidas de manejo do ambiente adotadas pela Empresa”, finaliza a analista.