Pedreiro defende mulher e é morto por ex dela dentro de casa em Caraí
Suspeito alegou que a vítima lhe agrediu com um soco na boca; mulher não foi encontrada para explicar o que teria acontecido; família acredita que crime foi por ciúmes
Um homem de 38 anos morreu ao defender uma mulher do ex dela. A vítima foi esfaqueada na altura do peito e não resistiu. O crime aconteceu na noite desse domingo (6), em Caraí, na região do Vale do Jequitinhonha, na casa do pedreiro.
O filho de Valdair Coimbra de Souza contou à Polícia Militar (PM) que o pai estava dentro da residência dele, na rua Joaquim Rodrigues Jardim, no bairro Vila Gomes, na companhia de uma mulher de 32 anos, quando o suspeito, de 30 anos, chegou querendo conversar com a mulher. Porém, ele foi colocado para fora por Souza.
Minutos depois, o homem retornou com uma faca e golpeou Souza no peito. A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas morreu ao dar entrada na unidade de saúde.
Os policiais foram atrás do suspeito e o encontraram dentro de sua casa, junto com a faca usada no crime. Ele confessou o assassinato e justificou dizendo que tinha um relacionamento amoroso e por isso foi ao local conversar com ela. Contudo, a vítima o teria agredido com um soco na boca.
Enraivecido, ele foi em casa, buscou uma faca e voltou para acertar as contas com Souza. Ele foi levado para delegacia. A mulher não foi encontrada para explicar o que teria acontecido.
Família acredita que crime foi motivado por ciúmes
"Ela (mulher que estava na casa de Souza) mexia com drogas e tudo, estava tentando vender para ele (Souza) um cartão de memória e ele não quis comprar. Aí, o homem que gosta dela matou ele por ciúmes", explicou a irmã de Souza, Márcia Coimbra de Souza, 25.
Para Márcia, o homicídio foi por motivo fútil, já que a vítima era uma pessoa boa, que "não mexia com ninguém".
Souza trabalhava como pedreiro e deixa dois filhos de 13 e 14 anos. Ele era casado e a mulher dele está presa, conforme Márcia. "Acho que por causa de drogas", completou.
Sofrimento
Os filhos de Souza estavam na casa e teriam visto o pai ser morto, de acordo com a família. Os dois moravam com o pai. "Os meninos estão traumatizados e a família arrasada, ninguém espera por uma coisa dessas", finalizou.
O pedreiro foi sepultado no final da manhã desta segunda-feira (7)