Antes de ler, participe da nossa enquete das eleições municipais - 2016. 

Entre as cidades em votação, estão: Almenara, Mata Verde e Ribeirão do Largo/BA. 

(Votar) 

Foi lançado no dia 07.10.2015, um novo índice que mostra como está a educação nos estados e municípios: o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (IOEB). Ele é uma inciativa do Centro de Liderança Pública com o apoio do Instituto Península, da Fundação Lehmann e da Fundação Roberto Marinho.

De acordo com os dados, o Ceará vai se firmando como bom exemplo. Três cidades do estado aparecem nos primeiros lugares do índice de oportunidades da educação brasileira. 

O país como um todo ficou com nota 4,5. 

 Sobral, no sertão cearense, aparece em primeiro lugar com 6,1 e já virou referência pelo investimento na qualificação de diretores e professores.

Em segundo e terceiro, aparecem Groaíras e Porteira com 5,9, também do Ceará. Nas piores colocações ficaram Caldeirão Grande, na Bahia, (2,4), Primeira Cruz (2,4) e Conceição do Lago Açu (2,1), no Maranhão.

São Paulo é a capital com a melhor colocação, mas atrás de outros 1. 386 cidades do país. Com 5,1, São Paulo é o estado com melhor avaliação, seguido de Minas Gerais e Santa Catarina. O Pará ficou em último lugar.

 

Idealizadores

O IOEB foi desenvolvido por Reynaldo Fernandes, ex-presidente do INEP e autor do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), e por Fabiana de Felicio, que foi diretora de estudos educacionais do INEP.

Os idealizadores explicam que o novo índice é uma soma de vários indicadores.

“São indicadores de resultado e têm indicadores de insumos, também. Qualidade dos professores, tempo de jornada na escola das crianças, experiência dos diretores”, explica Fabiana de Felício, coordenadora do IOBE.

 “Nós olhamos nota de prova, olhamos o fluxo - se os alunos estão passando de ano, se têm possibilidade de os menorzinhos em matrícula em educação infantil, e se eles estão completando na idade correta. Então todos esses elementos são capturados no indicador”, afirma Reynaldo Fernandes.

O índice leva em emconta a qualidade da formação dos professores nas escolas, a média de hora aula por dia, a experiência dos diretores no cargo e o atendimento da rede de educação infantil.

Os municípios que estão na lista de 500 melhores superam a média nacional, mas ainda estão longe do ideal.

Sobral, no sertão do Ceará, no nordeste brasileiro, é a primeira do ranking de qualidade na Educação. No entanto, em uma escala de 0 a 10,o município teve desempenho mediano: ficou com 6,1 pontos.

Confira o ranking dos 500 municípios que se destacam na qualidade de educação no Brasil,no site.

 Vale do Jequitinhonha se destaca com 17 municípios entre os 168 de Minas Gerais e 500 do Brasil. 

 O novo Índice de Oportunidades da Educação Brasileira vem apontar as deficiências e fortalezas da educação nos munciípios do Vale do Jequitinhonha.
 
Pela Tabela de classificação abaixo, verifica-se que os municípios polo foram uma decepção geral ,com excessão de Capelinha e Taiobeiras.
 
Almenara ficou em 58º ligar, antepenúltimo lugar, entre os 60 municípios do Vale, o que denuncia a baixa qualidade da educação básica do município. Araçuaí também decepcionou ficando no 40º lugar e Diamantina em 30º lugar.
 
Enquanto isso, o pequeno município de Aricanduva se destaca entre os melhores do país. Ficou em 1º lugar no Vale, em 6º em Minas e em 30º lugar no país.
 
A professora e diretora de escola estadual licenciada, Maria Arlete Azevedo, a prefeita, está feliz, assim como seu povo está orgulhoso por esta classificação.
 
Outros pequenos municípios, muitos com menos de 10 mil habitantes, deram exemplo para outros.

No Vale do Jequitinhonha, podem ser destacados Presidente Kubitschek, José Gonçalves de Minas, Berilo, Francisco Badaró, Datas, Coronel Murta, Leme do Prado, Veredinha, Angelândia, Felisburgo, Cachoeira do Pajeú, Rio do Prado, entre outras.

Também merece destaque Capelinha, Taiobeiras, Turmalina, Itamarandiba, Salinas, Mnas Novas e outras, que fizeram seu papel de cidades-polo e demonstram porque lutam pela implantação de campus universitário e Institutos Federais de Educação, cuidando da qualidade de educação da sua gente.

Porém, não se deve comemorar muito. Os dados são denúncia de uma baixa qualidade da educação na região.

Os dados de destaque são méritos dos professores que se capacitam, dos gestores escolares e dos gestores públicos que investem na estrutura e  na organização escolar. Os profissionais da educação continuam muito mal remunerados e desestimulados com o trabalho.

RANKING DOS MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA, 

NO NORDESTE DE MINAS GERAIS,  NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO 
 
 
Município
Classificação
no Vale do Jequitinhonha
Classificação
no Brasil
IOEB
IDEB - Anos Iniciais
IDEB - Anos Finais
Taxa de Matricula Ensino Médio
Taxa de Atendimento
Educação Infantil
Aricanduva
01
30
5,5
5,5
7,9
5,1
2,9
Capelinha
02
62
5,4
6,8
5,7
7,1
3,2
Taiobeiras
03
67
5,4
6,2
5,2
7,1
3,7
Presidente Kubitschek
04
84
5,4
6,1
5,0
9,8
3,9
José Gonçalves de Minas
05
85
5,4
6,3
5,0
8,0
3,7
Rubelita
06
86
5,4
6,8
5,4
7,0
2,8
Berilo
07
135
5,3
6,6
6,4
6,1
3,2
Francisco Badaró
08
142
5,3
7,0
4,7
7,3
2,8
Leme do Prado
09
148
5,3
6,4
5,4
7,5
4,8
Itamarandiba
10
170
5,3
6,6
5,6
6,7
3,5
Turmalina
11
191
5,3
6,6
5,0
6,3
5,7
Salinas
12
229
5,3
6,3
4,8
6,7
3,3
Gouveia
13
358
5,2
6,6
5,1
6,2
4,0
Angelândia
14
372
5,2
6,4
5,6
7,3
3,5
Datas
15
377
5,2
6,1
5,1
6,8
3,9
Coronel Murta
16
450
5,1
6,3
5,4
6,7
5,0
Minas Novas
17
496
5,1
6,0
5,2
7,6
2,4
Rio do Prado
18
641
5,1
6,2
5,0
6,3
3,2
Veredinha
19
786
5,0
6,1
4,9
6,8
4,6
Felicio dos Santos
20
818
5,0
5,9
5,1
6,6
3,7
Virgem da Lapa
21
1.257
4,9
5,4
5,0
6,1
3,6
Felisburgo
22
1.264
4,9
5,7
5,5
6,3
4,2
Cachoeira do Pajeú
23
1.291
4,9
6,0
5,1
63
2,2
Comercinho
24
1.445
4,8
5,7
4,9
5,9
3,5
Serro
25
1.486
4,8
5,8
4,6
5,7
3,0
Carbonita
26
1.490
4,8
5,4
4,6
6,0
3,5
Cristália
27
1.515
4,8
5,0
4,0
8,8
3,0
Jenipapo de Minas
28
1.572
4,8
5,5
5,2
6,1
2,8
Jequitinhonha
29
1.643
4,8
5,3
5,0
6,9
3,5
Diamantina
30
1.662
4,8
5,6
4,0
6,9
4,4
Bandeira
31
1.712
4,8
6,2
4,1
6,8
4,0
Santo Antônio do Jacinto
32
1.793
4,7
5,8
4,4
5,7
2,8
Botumirim
33
1.929
4,7
,4
4,8
6,7
3,7
Itinga
34
1.960
4,7
5,5
5,0
5,5
3,0
Olhos D’Água
35
1.972
4,7
5,2
4,2
7,6
4,0
São Gonçalo do Rio Preto
36
1.984
4,7
5,4
5,4
6,7
4,0
Jordânia
37
1.990
4,7
5,6
4,1
5,4
3,6
Chapada do Norte
38
2.028
4,7
5,3
4,9
5,7
4,6
Joaíma
39
2.124
4,6
5,7
4,6
4,6
2,7
Araçuaí
40
2.136
4,6
5,2
4,5
5,9
3,2
Divisópolis
41
2.144
4,6
5,8
5,1
4,9
2,8
Monte Formoso
42
2.183
4,6
4,8
4,6
7,9
1,3
Ponto dos Volantes
43
2.227
4,6
56
4,6
7,0
3,1
Medina
44
2.258
4,6
5,3
4,4
4,8
2,9
Mata Verde
45
2.334
4,6
5,8
4,8
5,5
4,1
Pedra Azul
46
2.341
4,6
5,3
4,4
6,3
4,1
Padre Paraíso
47
2.381
4,6
5,5
4,4
4,8
2,4
Grão Mogol
48
2.387
4,6
5,4
4,8
6,7
2,6
Águas Vermelhas
49
2.401
4,5
5,4
4,8
4,8
2,3
Couto Magalhães de Minas
50
2.449
4,5
4,9
4,3
7,0
6,2
Jacinto
51
2.521
4,5
6,0
4,3
5,5
3,5
Itaobim
52
2.531
4,5
5,3
4,2
4,9
3,3
Caraí
53
2.627
4,5
5,5
4,4
5,4
2,6
Rubim
54
2.634
4,5
5,2
4,7
4,6
4,7
Santa Maria do Salto
55
2.736
4,4
5,2
3,3
6,2
4,1
Josenópolis
56
3.044
4,3
4,7
4,3
6,1
2,7
Palmópolis
57
3.258
4,2
5,1
4,1
6,1
1,8
Almenara
58
3.329
4,2
4,8
3,9
4,1
3,3
Divisa Alegre
59
3.414
4,1
5,2
4,7
5,1
4,3
Salto da Divisa
60
3.976
3,8
4,5
2,9
4,3
5,0
 
 
 
 
 
 
 
 
 
                     Tabela elaborada por Álbano Silveira Machado, a partir de dados publicados pelo INEP/MEC e Índice de Oportunidades da Educação    Brasileira - IOEB.(Fevereiro de 2016)