Um dos símbolos mais importantes dos Jogos Olímpicos, a tocha olímpica passará por 37 cidades mineiras durante 10 dias, anunciou ontem o Comitê Organizador Rio'2016. Depois de divulgar, no ano passado, os locais em que a tocha pernoitaria, a organização apresentou a rota completa. Ela chega a solo mineiro em 7 de maio, vinda da goiana Goiandira, e segue para Itaperuna-RJ no dia 16 daquele mês.

O primeiro município do estado por onde ela passará é Araguari. Do Triângulo Mineiro, ela segue para o Norte de Minas (9/5) e depois para o Vale do Jequitinhonha e Rio Doce. Chega à Região Central em 13 de maio, quando circulará por Ouro Preto, Itabirito, além de uma visita ao Inhotim, o maior museu de arte contemporânea a céu aberto da América Latina, em Brumadinho. A Região Metropolitana de Belo Horizonte – Betim, Contagem, além da capital –, recebe a tocha logo em seguida, em 14 de maio. Dois dias depois, ela se despede de Minas Gerais, depois de cruzar a Zona da Mata, seguindo para a região noroeste do Rio e Espírito Santo.

A tocha olímpica será acesa em 21 de abril em Olímpia, na Grécia, berço da olimpíada, e de lá seguirá para a suíça Lausanne, onde está a sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). Da Suíça virá de avião para o Brasil. O revezamento em solo brasileiro começa em 3 de maio, em Brasília, e incluirá 329 cidades de todas regiões durante 95 dias, até 5 de agosto, quando acenderá a pira na cerimônia de abertura, no Maracanã.

s escolhidos para conduzir a tocha foram selecionados pelos patrocinadores do revezamento. O condutor foi indicado por outra pessoa, que precisou argumentar sobre a importância do candidato para a comunidade local. Ontem, a organização confirmou também o nome de alguns atletas que estão encarregados da condução na parte inicial do revezamento. Entre eles estão a tenista Maria Esther Bueno, dona de 18 títulos de Grand Slam e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1963; Gustavo Borges, nadador vencedor de quatro medalhas olímpicas entre 1992 e 2000; Érika Miranda, judoca do Minas; e a central mineira Fabiana, atual bicampeã olímpica com a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei.

EMOÇÃO

Um dos momentos emocionantes, certamente, será a participação da ex-ginasta Laís Souza, que ficou tetraplégica enquanto se preparava para competir com saltos em esqui nos Jogos Olímpicos de Inverno. “Quando eu treinava eu não tive essa oportunidade de chegar tão perto da tocha ou da pira olímpica. Agora, está sendo um prazer, um sonho”, disse Laís, que levará a tocha pelas ruas de São Paulo. “Acredito que no dia estarei bem nervosa. Estou ansiosa. Cada evento que acontece está alavancando a Olimpíada, mostrando o quanto é mágico.”