A prefeitura de Ipatinga, no Vale do Aço, realiza, a partir desta terça-feira (26), um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. A ação segue até o final do mês de fevereiro. Os agentes de saúde e de controles de endemias, além de funcionários da limpeza urbana da prefeitura, vão vistoriar mais de 90 mil domicílios, comércios, prédios públicos e lotes vagos.

De acordo com Departamento de Vigilância em Saúde, a situação de Ipatinga é de alerta. Só neste mês de janeiro, 205 pessoas foram notificadas com dengue. Já existem 40 casos suspeitos de zira vírus.

O mutirão vai seguir um calendário passando por todos os bairros de Ipatinga, realizando coletas de lixo e entulho. As ações vão começar pela Regional 4,  nos bairros Novo Cruzeiro, Centro, Caravelas e Parque das Águas. O restante do cronograma não foi divulgado.

Serão coletados garrafas, pets, pneus velhos, potes e pratinhos de plásticos que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito. A ação será realizada de segunda a sábado, exceto no feriado de carnaval, das 7h às 16h.

A prefeitura alugou três máquinas e 13 caminhões para realizar o mutirão, que vai percorrer todas as regionais da cidade nos próximos 30 dias. Também foi triplicado o efetivo de agentes para vistoriar imóveis e orientar moradores sobre a necessidade de eliminação de focos e de materiais que possam se tornar um criadouro do mosquito.

Segundo a prefeitura, até março, o quadro de 120 agentes de controle de endemias terá o reforço de outros 250 agentes comunitários de saúde para combater ao Aedes aegypti no município.

Notificações
Nos últimos três anos, a prefeitura resgistrou mais de 11 mil casos de dengue no município. Em 2013, foram cerca de 10 mil, em 2014 caiu para 550 e no último ano subiu para 900 casos.

No último mutirão realizado pela prefeitura, em 2015, foram recolhidas 90 toneladas de materiais que poderiam servir de criadouro ao mosquito.

Focos do mosquito
Um das maiores dificuldades do controle da proliferação do mosquito é a grande quantidade de imóveis fechados e abandonados. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, no horário das visitações, mais 35% dos proprietários das casas estão ausentes, normalmente no trabalho, ou não permitem o acesso dos profissionais.

“Vamos ampliar o horário de visitas domiciliares e criar equipes com horários alternativos, para que o morador possa agendar a visita. No primeiro momento, tentaremos o contato com o proprietário para orientar. Se o problema persistir, o município irá aplicar as penalidades previstas”, orienta o secretário municipal de Saúde, Eduardo Penna.

Serviço
Os moradores podem fazer denúncias e solicitar serviços através do Centro de Controle de Zoonoses ou da Secretária de Serviços Urbanos pelos telefones (31) 3829-8383 ou (31) 3829-8190.