Após a cidade de Governador Valadares entrar em estado de alerta. devido ao aumento do nível do Rio Doce em função das chuvas, moradores de bairros ribeirinhos têm observado a situação com inqueitação. De acordo com boletim da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), a previsão é de que o nível alcance 3 metros até às 20h desta quarta-feira (20).

Por conta dessa situação, dona Maria Cândida Silva, moradora do Bairro São Pedro, conta que já foi três vezes observar o rio. “Já perdi minhas coisas duas vezes com enchentes, tenho muito medo de que o rio suba mais”, confessou. Ao lado dela, dona Florentina Reis lembra a enchente de 1979 e teme que a situação se repita. “Eu tinha acabado de me mudar pra cidade, foi meu batismo aqui. Mas depois tiveram várias outras, dá medo de acontecer mais uma vez”.

Também morador do Bairro São Pedro, Luiz Carlos Ferreira conta que mora um pouco mais afastado do rio. Mesmo assim, ele esteve duas vezes na margem do rio Doce e relata apreensão. “Estive mais cedo aqui, e a água estava mais baixa. Está subindo muito rápido”, afirma.

A Prefeitura de Governador Valadares informou que estão sendo tomadas providências para lidar com a situação. Todas as Secretarias Municipais participaram de uma reunião, que definiu tarefas para o enfrentamento da situação de cheia. O objetivo maior é orientar e atender às comunidades mais atingidas pela água, que são as ribeirinhas. 

A secretaria Municipal de Assistência Social já convocou todos os assistentes sociais e profissionais da área para organizar os plantões para atendimento. Também estão sendo providenciados abrigos para famílias que forem obrigadas a deixar suas casas e não tiverem para onde ir.

Ainda segundo a Prefeitura, os primeiros bairros a serem atingidos são os ribeirinhos; o início e o final do bairro Santa Rita, os bairros São Paulo, Santa Terezinha, São Tarcísio e São Pedro. A Ilha dos Araújos, a princípio, é atingida pela água que volta pelos bueiros, só quando o rio passa dos 3,30m é que a água do leito do rio atinge o restante do bairro.

A Defesa Civil alerta à população para que não tenha contato com a água bruta do rio Doce, a fim de evitar doenças como leptospirose e hepatite.