Os médicos do Hospital Santa Rosália, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, entraram em greve na manhã desta quinta-feira (07). Todos os profissionais da entidade aderiram ao movimento e só estão atendendo casos de emergência. Segundo o vice-diretor clínico do hospital, Dr. Adail Jaques Prates Rodrigues, os salários estão atrasados desde junho de 2015, e, se não houver nenhum pagamento até o próximo dia 22 de janeiro, os grevistas vão entregar os cargos, deixando de trabalhar na instituição.

Ainda de acordo com ele, caso haja pedido de transferência de pacientes de outras Unidades de Saúde para o Hospital Santa Rosália, a equipe vai recomendar que seja feito o encaminhamento para outras cidades como Montes Claros (MG), Governador Valadares(MG), Diamantina (MG) ou Belo Horizonte (MG). Segundo os médicos grevistas, além dos salários atrasados, a unidade de Teófilo Otoni estaria sofrendo com a falta de medicamentos.

A decisão foi tomada após uma reunião realizada na noite dessa quarta-feira (06), em Teófilo Otoni, com funcionários do Hospital Santa Rosália e representantes do Sindicato da Saúde de Teófilo Otoni e da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado de Minas Gerais (FEESSEMG). O presidente da FEESSEMG, Rogério Fernandes, disse que será feita uma reunião amanhã às 10h no Ministério do Trabalho, em Belo Horizonte, entre funcionários do hospital, membro dos sindicato, da FEESSEMG e a diretoria do Santa Rosália, para tentar resolver essa situação.

O presidente da FEESSEMG informou ainda que, desde o dia 30 de dezembro, cerca de 60% dos funcionários dos setores de farmácia, laboratório e enfermagem do Santa Rosália, estão de greve, por não terem recebido ainda o salário de dezembro de 2015 e o 13º salário do mesmo ano. "Eles pedem o pagamento do salário de dezembro, do 13º salário de 2015 e um termo de ajustamento de conduta do hospital".

O Santa Rosália é um hospital filantrópico que recebe pacientes de Teófilo Otoni e região pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e é tido como referência em atendimento de média e alta complexidade. A entidade recebe, anualmente, recursos do Governo Federal.