Um homem de 54 anos morreu na tarde desta terça-feira, 5 de janeiro de 2016, após ser atacado por um tamanduá na zona rural de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. De acordo com o Corpo de Bombeiros, José Martins Rodrigues de Souza foi atacado quando foi atrás de dos seus cães, que estavam agitados no meio de uma mata.

O ataque do animal aconteceu em um local de mata fechada na zona rural do município. Familiares de José, que era garimpeiro e morava na região, relataram que ele saiu para encontrar os seus cachorros que latiam no meio do matagal. Ele acabou surpreendido pelo mamífero. A vítima sofreu ferimentos nos braços e pernas. Em um dos membros inferiores, as garras do tamanduá acabaram atingindo a artéria poplítea, causando um grande sangramento.

Militares do Pelotão de Diamantina se deslocaram e demoraram aproximadamente uma hora e meia para chegar até a vítima por causa do terreno acidentado. O helicóptero da corporação foi acionado em decorrência da gravidade dos ferimentos em uma das pernas da vítima. Seu estado de saúde piorou e os médicos tentaram fazer manobras de ressuscitação, porém, sem sucesso. O animal não foi encontrado.

Não foi possível identificar a espécie do tamanduá. O mamífero, apesar da aparência dócil, é agressivo, segundo o diretor da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Renato de Lima Santos. “Ele tem garras muito bem desenvolvidas e neste aspecto é uma espécie bastante agressiva. Quando está ameaçado pode dar uma espécie de abraço no agressor e, ao fazer isso, lesar o agressor com essas garras”, explica.

O tamanduá costuma viver em regiões de cerrado, muito comum em Minas Gerais. “É um animal silvestre com ampla distribuição no Brasil. Ele vive em toda região de cerrado, que inclui a maior parte do estado de Minas Gerais. Não é surpresa ser encontrado em ambientes abertos”, afirma Renato Santos.