Um acidente com um pequeno furgão na manhã desta segunda-feira (4) a 10 km de Araçuai, no Vale do Jequitinhonha, acendeu o sinal vermelho para o péssimo estado de conservação de um trecho de 80 km da BR-367, entre Itaobim e Virgem da Lapa, na mesma região.

A empresária do ramo de projetos ambientais, Lucimar Pereira de Sousa, 46 anos, perdeu o controle  direcional do furgão após se desviar de um buraco na pista.O carro rodopiou , bateu em algumas árvores e parou dentro de um matagal, a cerca de 15 metros da rodovia.

O acidente ocorreu por volta das 9h30m. A empresária seguia de Teófilo Otoni,, onde reside, para Araçuai,onde mora seus familiares.

Há dois anos, dois adolescentes de 16 anos morreram no mesmo local, após o carro que um deles dirigia, chocar-se contra uma árvore.

Um irmão da empresária esteve no local e acredita que ela tenha cochilado ao volante e não conseguiu se desviar dos buracos.

Ela   sofreu ferimentos leves e foi  atendida  no hospital em Araçuai. O carro foi rebocado por um guincho.

Próxima ao acidente,no mesmo instante, um  outro veículo teve um dos pneus estourado após cair em outro buraco da estrada.

Situação precária

 

Motoristas que circulam diariamente pelo trecho estão preocupados com o péssimo estado de conservação da estrada que desde o ano passado está sob responsabilidade do governo federal. “ Isto aqui está parecendo um queijo suiço”, disse um motorista, ao se referir às crateras que estão se abrindo na rodovia.

Eles apontam o grande tráfego de carretas carregadas de eucalipto que saem do Alto Jequitinhonha, como responsáveis pela destruição. 

Em partes do trecho, motoristas estão trafegando na contramão para sair fora dos buracos. Acidentes no trecho estão sendo constantes, inclusive com vítimas fatais.

No final do ano passado, moradores da cidade de Virgem da Lapa bloquearam a saída da cidade durante 3 dias, para protestarem contra a situação e cobrar das empresas responsáveis pelo transporte da madeira uma solução. Após entendimento, foi feita uma operação tapa-buracos que pouca coisa resolveu.

Atualmente, o transporte da madeira está sendo feito via Taiobeiras.

O DNIT-Departamento Nacional de Infraestrutura Terreste- informou que não há previsão do inicio dos trabalhos de manutenção do trecho.